Pecuária dos EUA deve crescer 3 milhões de cabeças nos próximos anos, afirma Rabobank

Publicado em 05/08/2015 09:50

Ao longo dos próximos três a cinco anos, o rebanho de bovinos dos Estados deve crescer mais de 3 milhões de cabeças e os fatores que irão determinar a geografia da reconstrução do rebanho serão diferentes daquelas que historicamente determinaram a localização da produção pecuária, avaliou o Rabobank em seu relatório divulgado nesta semana.

A seca que atingiu a região sudoeste do país na temporada 2011/12 - onde se localizam os maiores produtores - forçou o abate de milhões de matrizes, que resultou em uma queda de 72% (962 mil cabeças) no volume de bovinos de corte do Texas, Oklahoma e Novo México.

Diante desse cenário a expansão pecuária dos Estados Unidos deve ocorrer com maior força no Meio-Oeste, região é que caracterizada pela produção de grãos. Segundo o banco, por serem grandes fornecedores de matéria-prima para alimentação animal, os custos dos pecuaristas serão otimizados.

Além disso, o crescimento deve ocorrer em duas etapas: reposição do rebanho, afetado pela seca e, posteriormente, um aumento de rebanho. A reposição deve ser mais rápida, já que o único investimento é retenção de matrizes e a recolocação desses animais e seus bezerros em áreas do sudoeste onde a capacidade ociosa chega até 1,5 milhão de cabeças, após a seca de 2011/2012.

                             

O aumento de rebanho exigirá mais investimento, construção e incentivo econômico do que repovoamento. Portanto, o crescimento para o novo espaço deve acontecer nos próximos três a quatro anos, no final do ciclo de reconstrução.

Para o Rabobank, estados produtores de milho, como Missouri, Nebraska, Iowa, Indiana, Illinois, Minnesota, Wisconsin e Michigan possuem importantes vantagens econômicas e logísticas quando se trata de estimular novo crescimento do rebanho. O avanço da pecuária para essas regiões permitirá também um aumento nos pequenos confinamentos.

A migração tem sido impulsionada por custos mais baixos para a alimentação animal, em grande parte resultado do acesso mais fácil a matéria prima, mas também tem sido apoiado por vários anos de clima de inverno amplamente favorável, pondera o relatório.

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Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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