Biodiesel: ABIOVE se reúne com ministros em Brasília
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) se reuniu com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque para tratar sobre os desafios e oportunidades do biodiesel no Brasil. A entidade aproveitou para mostrar que há grande potencial de substituição de combustíveis fosseis no diesel comercial que hoje chega aos postos de combustíveis, sem que seja necessário a interferência no mandato do biodiesel que vai chegar a compor 15% do diesel comercial em 2023.
Na audiência, a ABIOVE entregou aos Ministros um ofício conjunto com a APROBIO e UBRABIO defendendo que o mandato de biodiesel é apenas de biodiesel, que biocombustíveis avançados para substituir o diesel devem ser estimulados em política própria e que o Selo Combustível Social continue sendo requerido para a comercialização de biodiesel.
A entidade também apresentou dados de 2020, ano em que o volume de diesel B comercializado nos postos de combustíveis brasileiros contou com 89% do diesel A na sua composição, sendo que cerca de 24% deste produto foi importado para suprir a demanda nacional. E reforçou que o biodiesel é hoje o único produto no mercado com capacidade de diminuir a necessidade de importações, uma vez que o parque industrial do biodiesel já tem potencial para atender a mistura obrigatória de 22% de biodiesel no diesel comercial (B22).
“É preciso trabalhar para que tenhamos uma matriz diesel cada vez mais renovável, preservando a progressão do aumento da mistura de biodiesel, conforme já vem sendo feito anualmente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP) e desenvolvendo um Programa Nacional para ao Diesel Verde em separado do biodiesel, considerando suas especificidades físicas, químicas e econômicas”, explica André Nassar, presidente da ABIOVE.
Dados do programa Selo Biocombustível Social também foram apresentados, reforçando a sua importância para a diferenciação do biodiesel brasileiro frente ao estrangeiro e para a geração de emprego e renda no interior do País. Atualmente 100% das usinas brasileiras já produzem com o selo, que também promove o aumento da produtividade por meio da prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural.