Produção de algodão deve ter alta em 2024 apontam projeções em evento da Anea e Anec
Ontem (13/03), autoridades do Mapa, representantes da Anea e Anec e convidados ligados aos setores de soja, milho e algodão se reuniram para o 17º Encontro de Previsão de Safra, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O evento contou com uma palestra sobre sustentabilidade de Gustavo Spadotti, diretor geral da Embrapa Territorial (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), além de uma apresentação sobre rastreabilidade e qualificação da produção agropecuária brasileira com Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável da Secretária de Inovação do Mapa.
Após as palestras, foi realizada a apresentação da Previsão de Safra por André Pessôa, presidente da Agroconsult. Os dados apontam que as projeções são bem otimistas para o algodão. A expectativa é de um aumento de 5,9% na produção da pluma de algodão e de 12,5% na área plantada, que deve somar 3,4 milhões de toneladas. A área plantada deve aumentar em 12,5%, para 1,89 milhão de hectares, o que pode viabilizar um recorde na exportação. “O Brasil é o país mais competitivo que produz com menor custo o algodão e, por isso, tem condições de competir melhor do que outros países”, comentou Miguel Faus, presidente da Anea.
A temporada 2023/24 deve registrar queda na produção de soja e milho. A estimativa para a soja é de uma colheita de 152,2 milhões de toneladas. Por conta dos efeitos climáticos, a previsão é de que a produtividade das lavouras de soja caia 7,45%, indo a 55,5 sacas por hectare na média geral. As exportações da comodity devem chegar a 93,5 milhões de toneladas em 2024, uma queda de 7,4% em relação ao ano passado.
Já a produção total de milho deve chegar a 123,4 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 11,9% na comparação com o resultado da temporada passada. A área total plantada deve recuar 5,9%, ficando em 21 milhões de hectares.