Algodão cai até 4% nesta 4ª em Nova York pressionado pelo USDA e pelo petróleo

Publicado em 12/10/2022 18:33

O relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) veio baixista para o algodão e os futuros da pluma tiveram uma quarta-feira (12) bastante negativa na Bolsa de Nova York. Os preços fecharam a sessão com baixas de até 4%, levando o dezembro a 84,86 cents de dólar por libra-peso, enquanto o maio foi a 82,24 centavos/lp. 

No quadro global, o USDA trouxe um considerável aumento dos estoques finais de 84,75 para 87,87 milhões de fardos, apesar de uma ligeira queda na estimativa para a produção mundial, de 118,45 para 118,05 milhões de fardos. São esperadas, afinal, importações menores em importantes player e, consequentemente, estoques finais maiores nas principais origens. 

O boletim estimou estoques maiores no Brasil, na Índia, no Paquistão e na China. Ainda entre os números brasileiros, o USDA apontou uma manutenção na safra brasileira em 13 milhões de fardos.

Além dos números atualizados pelo departamento americano, o dia foi pesado para o mercado do algodão também pelas baixas acentuadas do petróleo. O mercado fechou o dia com perdas de mais de 2% e ajudou a intensificar o recuo da pluma. 

Parte das baixas se deu também com a pressão do financeiro e os temores de uma recessão, com a OPEP (Organização dos Países Produtores) cortando suas projeções de demanda não só para 2022, como também para 2023. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Bahia inicia plantio da safra 2024/2025 de algodão com perspectivas positivas
Algodão/Cepea: Negócios mantêm bom ritmo; preços recuam
Vazio sanitário do algodão, na Região 4 de Goiás, começa no domingo, dia 10
Algodão/Cepea: Vendedores mantêm foco em embarques de contratos a termo
Expectativa para o plantio do algodão 2024/25 no Oeste da Bahia é de clima mais favorável do que a safra anterior
Algodão : Demanda global mais baixa e problemas políticos e financeiros, em alguns dos principais destinos da fibra, marcam a conjuntura em 2024
undefined