Índia deve comprar mais óleo de soja em 2024 e reduzir óleo de palma, diz corretora

Publicado em 04/03/2024 08:32 e atualizado em 04/03/2024 09:08

KUALA LUMPUR (Reuters) - A Índia, maior importadora de óleo vegetal do mundo, deverá comprar volumes maiores de óleo de soja em 2024, enquanto as compras de óleo de palma provavelmente diminuirão, disse um importante negociante nesta segunda-feira.

Sandeep Bajoria, executivo-chefe do Sunvin Group, uma empresa de consultoria e corretagem de óleo vegetal, disse que as importações de óleo de soja da Índia aumentarão para 4,3 milhões de toneladas no ano comercial de 2023/24, ante 3,5 milhões de toneladas em 2022/23.

As importações de óleo de palma serão menores, com 9,2 milhões de toneladas em 2023/24, em comparação com 10 milhões de toneladas em 2022/23, disse Bajoria à margem do evento Palm and Lauric Oils Price Outlook Conference 2024.

As margens negativas de refino do óleo de palma em comparação com as margens positivas do óleo de soja levaram a uma mudança do produto de palma para o de soja nas últimas semanas, segundo traders.

A redução das compras de óleo de palma pela Índia pode manter os estoques elevados nos principais produtores, Indonésia e Malásia, e pesar sobre os futuros de referência.

Bajoria disse que as importações de óleo de girassol da Índia permanecerão em cerca de 3 milhões de toneladas no ano comercial atual, o que faria com que o total de importações de óleo vegetal do país chegasse a 16,5 milhões de toneladas em 2023/24, sem alterações em relação ao ano anterior.

"No geral, a produção doméstica de óleos vegetais será de cerca de 10 milhões de toneladas e as importações serão de 16,5 milhões de toneladas. Portanto, o consumo total será de cerca de 26,5 milhões de toneladas."

As importações de óleo de palma da Índia em janeiro caíram mais de 12% em relação ao mês anterior, atingindo uma mínima de três meses de 782.983 toneladas.

A Índia compra óleo de palma principalmente da Indonésia, Malásia e Tailândia, e óleo de soja e de girassol da Argentina, Brasil, Rússia e Ucrânia.

(Reportagem de Danial Azhar)

Fonte: Reuters

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