Índice CEAGESP inicia 2022 em alta de 2,72%

Publicado em 14/02/2022 12:44
Elevação em janeiro foi puxada pelas altas em verduras e legumes

O índice de preços da CEAGESP encerra o mês de janeiro em alta de 2,72%. O setor de Frutas apresentou queda de 4,28%, com os demais setores apresentando elevação: Pescados, Diversos, Legumes e Verduras. O destaque ficou para este último, que registrou aumento de 32,76%, em virtude do calor intenso entremeado por fortes chuvas e também por conta da recuperação de preços das verduras, que fecharam 2021 com queda. Influiu ainda nesse valor o aumento dos custos de produção. 

Em janeiro, o setor de Frutas apresentou queda de 4,28%. As principais reduções ocorreram nos preços do figo (-33,4%), da carambola (-29,0%), do abacate geada (-27,3%), do mamão formosa (-26,4%) e da uva Niágara (-26,3%). As principais altas ocorreram com coco verde (38,0%), kiwi estrangeiro (20,45%), manga Tommy (18,9%), mamão Havaí (18,3%) e maçã Fuji (18,0%).

O setor de Legumes registrou alta de 19,88%. Os maiores aumentos de preços foram os do chuchu (109,3%), da cenoura (91,3%), do cará (79,8%), do quiabo (51,3%) e da abobrinha italiana (45,25%). As principais baixas se deram nos preços da abóbora seca (-33,8%), dos pimentões vermelho e amarelo (-15,6% e -11,1%, respectivamente), e dos tomates italiano e achatado “Carmem” (-8,1% e -4,77%, respectivamente). 

O setor de Verduras apresentou alta de 32,76%. Os principais aumentos ocorreram com o coentro (189%), com a alface crespa (93,2%), com o rabanete (77,1%), com a rúcula (69,6%) e com as alfaces hidropônicas, que registraram 62,6%. As maiores baixas ocorreram nos preços da cebolinha (-5,7%) e do milho verde (-2,8%). 

O setor de Diversos apresentou alta de 3,36%. As principais altas ocorreram nos preços da cebola (18,8%), da batata lavada (17,5%) e da batata asterix (12,1%). As principais baixas ficaram por conta do coco seco (-5,1%), do alho argentino (-5,0%) e dos ovos brancos (-2,8%) e vermelhos (-1,7%).  

O setor de Pescados apresentou aumento de 3,05%. As principais altas ocorreram nos preços da pescada-goete (27,6%), da betarra (27,5%), do cascote (24,9%), do namorado (16,4%) e do peixe-espada (12,1%). As principais baixas se deram nos preços da cavalinha (-45,1%), da tainha (-22,6%), da lula congelada (-15,6%), do robalo (-3,1%) e da sardinha congelada (-2,9%).

Tendência do índice 

O Índice CEAGESP fechou o mês de janeiro em alta, influenciado pelo aumento dos preços nos setores de legumes e verduras. Os principais motivos das altas são a elevação do custo de produção (insumos são cotados em dólar) e concorrência com a produção de grãos pelos insumos, o que se refletiu na reposição das quebras ocorridas em 2021, que ainda refletem no mercado. O ciclo meteorológico gerou o calor elevado e as chuvas recentes, principalmente quando ocorrem fortes, diárias e contínuas. Com isso, houve encharcamento de solo e prejuízo aos produtos na forma de perda de qualidade, dificuldade de colheita e, consequentemente, aumento dos preços. Já o setor de Frutas recebeu a entrada da safra da estação, aumentando a variedade de produtos ofertados ao mesmo tempo que a demanda diminuiu em relação a dezembro, em virtude da retração do consumo dos produtos de época e das férias escolares, fatores que colaboram com a queda dos preços. A previsão dos meteorologistas para o mês em curso é de continuidade das chuvas, com possibilidade de precipitações fortes, em quantidades um pouco maiores para a região Sudeste devido à formação de zonas de convergência influenciadas pelo fenômeno La Niña. 

Mesmo com muita chuva e temperaturas altas, características desta época do ano, a tendência para o mês de fevereiro é de estabilização dos preços das frutas e possível elevação dos preços de verduras e legumes caso as chuvas sejam persistentes nas regiões produtoras. 

Fonte: CEAGESP

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