Morre o engenheiro agrônomo Eneas Salati
Morreu no sábado (05/02), aos 88 anos, o engenheiro agrônomo Eneas Salati, que ficou conhecido por um estudo, realizado nos anos 1970, que revelou os “rios voadores” que migram da Amazônia para a região Sudeste.
A pesquisa demonstrou que moléculas de água vindas do oceano Atlântico e precipitadas sobre a floresta amazônica, ao serem evaporadas, voltam em forma de chuvas na região. E que essa enorme massa de ar se desloca no sentido dos Andes, em direção ao Sudeste.
Nascido em Capivari, interior de São Paulo, Salati formou-se na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em 1955, onde também obteve o título de doutor (1958) e a livre-docência (1960). Foi diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP), entre 1981 e 1985, do Instituto de Física e Química da USP em São Carlos, entre 1976 e 1979, e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre 1979 e 1981.
Também foi diretor técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), assessor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e consultor do Banco Mundial e da International Finance Corporation (IFC). Ao longo de sua trajetória, teve 146 trabalhos publicados, orientou seis dissertações de mestrado e sete teses de doutorado.