Resumo da semana: Novo governo na Argentina, moratória da soja e conectividade rural
O setor produtivo da Argentina está reavaliando todas as suas estratégias depois do resultado das eleições presidenciais no último domingo (27). O candidato Alberto Fernández levou a presidência de Maurício Macri e traz junto como sua vice, a ex-presidente Cristina Kirchner. E quando presidente, Cristina teve sérios problemas com o agronegócio argentino, incluindo produtores rurais, entidades de classe e instituições.
>> Agronegócio argentino teme retrocesso com vitória do peronista Alberto Fernández
Alberto Fernandez e Cristina Kirchner ganharam as eleições presidenciais na Argentina, o que vem gerando uma certa insegurança no setor agropecuário da Argentina, tem em vista que quando estava no poder Cristina Kirchner criou as "retenciones", que se trata de um imposto sobre os produtos exportáveis do país, sobretudo nas commodities agrícolas.
>> Produtores rurais da Argentina temem incremento nas 'retenciones' com início do novo governo
A safra de soja da América do Sul - considerando as colheitas do Braisl, da Argentina e do Paraguai - deverá alcançar 186,2 milhões de toneladas, de acordo com as últimas estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu reporte mensal de oferta e demanda de 10 de outubro.
>> Safra 2019/20 de soja da América do Sul demanda atenção na Argentina e Paraguai
Após enfrentar muitas dificuldades no início da safra de soja 2019/20, o Paraná recebeu chuvas nos últimos dias e os trabalhos de plantio avançaram para patamares próximos aos registrados na safra passada. Até o início desta semana, 65% da área havia sido semeada, um avanço de 20 pontos percentuiais na semana, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Deral.
>> Paraná avança plantio da soja para 65% da área, mas safra 19/20 ainda demanda atenção
Santa Catarina está atrasada no plantio da safra de soja 2019/20. Os trabalhos, que normalmente começam no final de setembro, foram prejudicados pela falta de chuvas, mas agora avançam pelo estado e já abrangem 40% dos 720 mil hectares previstos.
>> Após atraso de 30 dias, Santa Catarina avança no plantio da soja e espera boa safra 19/20
Os produtores rurais da área do Matopiba, da parte mais leste da região centro-oeste, incluindo leste de Mato Grosso e o norte de Goiás, só devem esperar chuvas mais regulares a partir da segunda quinzena de novembro, conforme explica o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Heráclio Alves. A razão para a continuidade da escassez de chuva é a manutenção de um vórtice ciclônico na região que só deve começar a se dissipar com maior rapidez em direção ao oceano a partir do dia 17 de novembro. Apesar do afastamento do vórtice, o déficit seguirá na área do Matopiba, de acordo com o especialista.
Nesta semana, as entrevistas exclusiva que se destacaram no site foram: