Missão técnica à China é encerrada em Seminário Empresarial
A missão técnica do Instituto de Relações Governamentais (Irelgov) à China foi encerrada na sexta (25), durante o Seminário Empresarial Brasil-China, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em Pequim.
O objetivo da missão, que começou no dia 16 de outubro, foi trocar experiências com representantes do país asiático. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi uma das integrantes da delegação.
A abertura do Seminário contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do vice-ministro de Comércio da China, Wang Shouwen, e outras autoridades chinesas e brasileiras.
De acordo com a coordenadora de Relações Internacionais da CNA, Camila Sande, durante o seminário foi ressaltada a comemoração dos 45 anos de relação entre os dois países. “A China hoje é o maior investidor externo do Brasil e primeiro parceiro agrícola desde 2008”.
Em sua fala, a ministra Teresa Cristina mostrou preocupação com a concentração da soja nas exportações agrícolas do Brasil para a China, já que a oleaginosa representa mais de 80% da pauta do agro. Também falou sobre a importância da biotecnologia e apresentou dados sobre a segurança do Sistema de Vigilância Sanitária, que garante alimentos seguros para os chineses.
O diretor de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, participou do seminário, pois compõe a missão presidencial brasileira a Ásia e ao Oriente Médio até o dia 30 de outubro.
“Ficou muito clara a interdependência que existe entre os países. O Brasil como um fortíssimo fornecedor de alimentos, como soja, milho, carne suína, bovina e de frango. E a China como investidor em importantes áreas, como infraestrutura e logística”, destacou.
O seminário foi realizado em parceria com o Conselho Empresarial China-Brasil (CBBC) e o Conselho Chinês para Promoção Internacional de Investimentos (CCIIP) e contou com o apoio do Banco de Desenvolvimento da China (CDB).
“O Brasil tem sido visto pelos chineses como a bola da vez, o grande parceiro que pode se aproximar ainda mais. Esses dias de visitas e reuniões foram oportunidades para aprender como a China funciona. Volto para o Brasil com uma extensa bagagem para ajudar o nosso produtor rural a inserir mais produtos nesse gigante mercado”, concluiu Camila Sande.