Cresce significamente porção de hectares afetados pela erosão hídrica na Argentina
A porcentagem de hectares afetados por erosão hídrica na Argentina cresceu significamente nos últimos 60 anos, passando de 34 milhões de hectares afetadas em 1956 para 115 milhões em 2015. A afirmação é do investigador do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), Julio Denola, que aponta que os números indicam a perda da porção mais fértil do solo argentino.
Denola indicou que "há um vacilo desde muito tempo e a mudança climática só colocou em evidência a falta de um manejo adequado".
Ao decorrer do ano, "é possível notar claramente que o problema das inundações ocasionou problemas que cobrem uma gama muito ampla", disse Denola. "Os excedentes hídricos não afetam somente os campos, mas também rotas, pontes e caminhos rurais".
A solução apontada pelo pesquisador é a de que haja uma boa legislação que regulamente isso, além da intermediação de entidades. Ele lembra que a província de Córdoba já tomou a iniciativa e isso mostra que "quando as pessoas assumem seus problemas, as soluções começam a aparecer".
Denoia, que também é docente da disciplina de Manejo de Terras da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Nacional de Rosário assegurou que existe, na província de Santa Fé, um déficit legislativo em torno da gestão das águas e dos solos, a se considerar a mudança climática.