Velhas e novas pragas mobilizam o setor
O agricultor terá que enfrentar velhas e novas adversárias das lavouras no andamento da safra 2015/16. Doenças há muito tempo conhecidas no campo, como a ferrugem asiática, voltam a se tornar ameaça preocupante nesta temporada, favorecidas pela maior umidade prometida pelo El Niño. Ao mesmo tempo, pesquisadores confirmam a presença de três novas pragas até então inéditas no país, e ainda sem mecanismos de controle. Em um quadro de custos no limite, o manejo é prioridade para definir a rentabilidade da produção.
O cenário mobiliza a cadeia produtiva. Em atuação conjunta, quatro entidades ligadas ao setor (Adapar, Embrapa Soja, Faep e Ocepar) percorreram o Paraná promovendo um ciclo de palestras sobre o manejo da ferrugem. A preocupação principal se concentra na perda de eficiência dos fungicidas utilizados no controle da doença, detalha a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy. Ela alerta que sem o uso racional dos químicos, o controle pode se tornar ineficiente em dois anos.
Novos vilões
Paralelamente, as entidades de pesquisa também monitoram a entrada de novas pragas. Dois insetos e uma erva daninha resistente a herbicidas foram identificados neste ano, em diferentes regiões do país. A mosca-da-haste da soja (Melanagromyza sp), vista no Rio Grande do Sul, pode gerar perdas de até 30% na produtividade da oleaginosa, repetindo estragos registrados na Austrália, Argentina e Paraguai.
Do Ceará vem a preocupação com uma parente da lagarta Helicoverpa armigera. AHelicoverpa punctigera pode reduzir a produção em até 16 sacas por hectare de soja, 54 sacas no milho e até 76 sacas no algodão.
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