Contra pragas nas lavouras, monitoramento é palavra-chave

Publicado em 28/01/2014 14:50
Assunto foi um dos temas discutidos na edição deste ano do Showtec

Quando o assunto é controle de pragas nas lavouras, monitoramento é palavra de ordem. Entre as pragas mais “famosas”, está a Helicoverpa armigera. “Talvez com a chegada dessa lagarta, a importância do monitoramento das lavouras veio à tona novamente”, comenta o pesquisador da Fundação MS, José Fernando Grigolli.
 
Ainda considerada nova no Brasil, a Helicoverpa é uma praga polífaga, ou seja, se alimenta de diversas culturas, como soja, milho, algodão, entre outras. Seu potencial destrutivo é alto, podendo gerar aos produtores grandes prejuízos econômicos. Por isso, é importante que todos os cuidados possíveis sejam tomados.
 
A primeira etapa na busca de combater essa praga é saber identificá-la da forma correta. Além disso, é importante que se faça uma amostragem, para quantificar os insetos. Desta forma, o produtor pode saber quando aplicar inseticidas. E uma das formas para fazer esse tipo de amostragem é por meio da técnica conhecida como “pano de batida”.
 
O procedimento é bastante simples. O pano, com um metro de largura por um metro de comprimento, é posicionado na entrelinha da soja. Após uma “chacoalhada” nas plantas, observa-se quantos e quais insetos caíram no pano. Assim, é possível estimar a quantidade de insetos presentes na lavoura, e identificar possíveis pragas. O método pode ser adotado ainda nos estágios iniciais da planta. “Com isso, o produtor pode reduzir custos com inseticidas, já que, com essa técnica, a aplicação dos produtos será feita de forma mais exata”, diz Grigolli.
 
Além disso, é importante monitorar constantemente as lavouras. Esse cuidado deve ser tomado porque é mais fácil controlar a praga logo no início de seu aparecimento. “É fundamental controlar pragas de até 7 mm, pois lagartas grandes são de difícil controle”, enfatiza.
 
O pesquisador comenta também sobre quando há a necessidade de controle químico em outras pragas, comuns na cultura da soja. No caso das lagartas desfolhadoras, por exemplo, o ideal é manter o controle com lagartas maiores que 1,5 cm, ou quando o nível de desfolha atingir 30% na fase vegetativa e 15% na fase reprodutiva. Já com os percevejos, o ideal é fazer o controle quando forem identificados, nos grãos, dois insetos por metro.

Fonte: Fundação MS

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