Scot Consultoria: Sexto mês consecutivo de alta para o produtor
Sexto mês consecutivo de alta para o produtor. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de julho, referente ao leite entregue em junho, a média nacional ficou em R$1,230 por litro, sem o frete.
O aumento foi de 5,6%, frente ao pagamento anterior, e de 19,7% desde o começo do ano.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o produtor recebeu 6,5% neste último pagamento.
A entressafra no Brasil Central e região Sudeste foi agravada pela falta de chuvas, que já ultrapassa cem dias em muitos estados, e o aumento do custo da alimentação concentrada em 2018.
No mais, o mercado ainda sente os efeitos da greve dos caminhoneiros no final de maio e começo de junho, que afetou de alguma maneira a curva de lactação dos animais.
Segundo o índice Scot Consultoria de Captação de Leite, em junho o volume captado de leite diminuiu 1,1%, em relação a maio deste ano.
Em julho, os dados parciais apontam para uma queda de 1,3% na captação (média nacional).
Aqui vale destacar que houve quedas nas produções em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, mas no s estados do Sul do país a produção aumentou, ainda que em um ritmo menor que neste período do ano passado. Mais detalhes no capítulo que aborda o Índice de Captação.
Além da greve, as questões climáticas adversas (falta de chuvas) e o aumento dos custos de produção nos meses passados tem interferido na produção de leite no país.
Para o pagamento a ser realizado em agosto, referente a produção de julho, 59,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor, 38,0% falam em estabilidade e os 3,0% restante estimam quedas nos preços, frente ao pagamento anterior.
Neste caso, algumas indústrias da região Sul apontam para queda no preço do leite.
Para agosto (referente a produção entregue em julho), o viés do mercado ainda é de alta no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, porém, aumentou o número de laticínios falando em manutenção em relação aos levantamentos anteriores.
No Sul, a tendência é diferente, com o mercado já falando em quedas, devido à maior produção.
Para o pagamento a ser realizado em setembro (produção de agosto), o viés de baixa ganha força nos estados do Sul.
Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Norte, a maior parte dos laticínios estimam manutenção dos preços pagos ao produtor, mas reajustes positivos não estão descartados.
No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços subiram na primeira quinzena de julho, mas caíram, na segunda metade do mês.
Os preços médios recuaram para baixo de R$1,90 por litro em São Paulo e Minas Gerais e a tendência é de queda nas próximas quinzenas.