Análise de mercado do feijão
FEIJÃO CARIOCA – Como vai a safra do Paraná? Como é improvável que os números do governo estejam certos temos que raciocinar para responder esta questão. Segundo os dados do próprio governo a colheita já atingiu 31% da área. O restante encontra-se nas fases de desenvolvimento vegetativo (5%), floração (10%), frutificação (42%) e em maturação (43%). Ora, se 31% foram colhidos,foram também comercializados pois com os preços altos obviamente o produtor colhe e imediatamente vende. O momento atual com vencimentos de Pronaf se aproximando, as notícias de que o governo vai fazer leilões atingem principalmente o varejo que prefere postergar compras. Com esta atitude, certamente desencadeiam-se movimentos de baixa que podem durar 15 dias , talvez 30, mas não muito mais que isso. As lavouras que foram plantadas em Minas e estão sendo colhidas no triângulo mineiro são vendidas no mesmo dia: R$ 160/165 é a indicação. Da região noroeste de Minas, Paracatu e Unaí certamente percebe-se dificuldades nesse momento de plantio, pois ainda há pressão forte de mosca branca. As áreas que estão sendo plantadas certamente devem ser limitadas pela dificuldade de encontrar sementes a preço razoável.
FEIJÃO PRETO - Sabe-se que o mercado de feijão funciona em ondas. Os compradores vem em ondas e os vendedores também adotam estratégias de venda em ondas. Quando todos querem vender ninguém quer comprar. Em certo grau isto está ocorrendo agora. Ontem havia mais oferta do que comprador, no entanto, o produtor não aceita vender por menos, de por R$ 80, pois suas lavouras em alguns casos rendem menos de 50% do esperado. A indicação de CIF segue entre R$ 95/100 Rio, São Paulo e Minas.
Importações Argentina - Mesmo com todas as normais reclamações a safra está prestes a sair. Na próxima semana inicia-se a colheita. O indicativo até o momento é de U$ 750/800 para um feijão melhor do que o que foi ofertado no ano passado. Vários negócios sendo fechados com a China, na faixa de U$ 720 CIF Brasil.