Análise de mercado do feijão
FEIJÃO CARIOCA - Os supermercados seguem pressionando para evitar qualquer alta neste momento no preço do fardo. Ocorre que o abastecimento por preços anteriores ao Carnaval não existem mais. Agora os produtores aparentemente perderam a pressa. Acumulam-se notícias de perdas aqui e acolá, seja pela chuva, seja pela seca. Assim ao contrário do que o governo apregoa o abastecimento de feijão ao longo do ano será complicado. Desta forma complicada vai ser a posição do próximo Ministro da Agricultura que assumirá em breve para explicar o porquê de aparecer alguma possível inflação vinda do feijão. Não foi por falta de aviso. Durante a 12ª Reunião da Câmara Setorial, em novembro, foi feito o alerta para tratar o produtor com respeito e atender imediatamente em Dezembro com AGF, PEP e PEPRO. Estamos em Fevereiro e somente agora que o pior já passou e que os produtores já plantaram grande parte da segunda safra é que surge a idéia de pagar apenas 250 sacas. Como irão explicar na época das eleições e mesmo antes, ou durante, a campanha se os preços seguirem uma trajetória de alta?
Ontem o mercado trabalhou com idéia no Paraná para nota 7 / 7,5 R$ 55/58. Não se acha no Paraná, com raras exceções, mercadoria melhor. Já em Minas e Goiás por mercador a 8,5 / 9 R$70/75 por saca de 60 kg.
FEIJÃO PRETO - Com a mercadoria toda colhida e dentro dos armazéns os prestadores de serviço trabalham a todo o vapor com os secadores lotados de feijão úmido. Com boa procura nas fontes os preços estão firmes em R$ 65 e com a qualidade que não encanta os compradores ainda assim toda oferta encontra um comprador. R$ 78/80 CIF desde que o produto seja de boa qualidade certamente se for ofertado com prazo também flui rapidamente. A permanência deste quadro pode ser alterada somente se os produtores cederem.