Café: Em semana turbulenta, compradores e vendedores tiveram cautela e aguardam cenário mais claro
Na avaliação do mercado as notícias sobre delação premiada do senador Delcídio Amaral apressarão um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A possibilidade de mudança de governo no país (e consequentemente da política econômica) gerou grande euforia entre os operadores. O Ibovespa subiu forte e o dólar despencou.
A valorização do real levou as oscilações do preço do café em Nova Iorque para o campo positivo e os contratos com vencimento em maio próximo na ICE Futures US acumularam alta de 585 pontos na semana.
As rápidas e fortes oscilações das cotações do café na ICE e do dólar frente ao real levaram compradores e vendedores no mercado físico brasileiro de café a se posicionarem com cautela. Negócios foram fechados, mas muitos cafeicultores preferiram adiar suas vendas para a próxima semana, aguardando um cenário mais claro.
Até dia 3, os embarques de março estavam em 118.586 sacas de café arábica, 4.195 sacas de café conillon, mais 9.294 sacas de café solúvel, totalizando 132.075 sacas embarcadas, contra 16.603 sacas no mesmo dia janeiro. Até o mesmo dia 3, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 464.621 sacas, contra 595.201 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 4, subiu nos contratos para entrega em maio próximo 585 pontos ou US$ 7,74 (R$ 28,99) por saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 26 a R$ 608,48 por saca, e hoje dia 4, a R$ 599,83 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 320 pontos.