Açúcar avança em NY e Londres nesta 3ª feira e deve seguir em alta à frente com foco no BR

Publicado em 06/02/2024 16:13 e atualizado em 06/02/2024 17:04
Maurício Muruci - Analista da Safras & Mercado
Consultoria Safras & Mercado estima que moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/25 deve ficar abaixo das 660 milhões de toneladas previstas anteriormente com piora do clima no Centro-Sul
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Açúcar avança em NY e Londres nesta 3ª feira e deve seguir em alta à frente com foco no BR

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Os contratos futuros do açúcar finalizaram a sessão desta terça-feira (06) com leves altas nas bolsas de Nova York e Londres. Além do suporte do financeiro neste início de semana, o mercado teve apoio hoje nas preocupações com a safra 2024/25 do Centro-Sul do Brasil, que começa em abril.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,13% no dia, a 23,56 cents/lb, com máxima em 23,92 cents/lb e mínima de 23,02 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato saltou 0,66%, a US$ 641,50 a tonelada.

"Essas chuvas abaixo do que se esperava e abaixo da média histórica, no período que seria de alta temporada de chuvas no Centro-Sul, ainda são reflexos do El Niño que começou no ano passado. Então, o clima para a cana meio que se inverteu", afirma Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.

A situação delicada em relação ao clima na principal região produtora de cana-de-açúcar do Brasil na próxima safra já faz com que a consultoria revise logo mais suas estimativas. Em dezembro, a Safras & Mercado esperava uma safra em 670 milhões de toneladas, que foi reduzida para 660 milhões em janeiro.

"O resultado [dessas chuvas] vai fazer com que a Safras & Mercado faça um segundo ajuste negativo na sua expectativa de moagem de cana na safra 2024/25", destaca Muruci. A temporada 2023/24, que finaliza oficialmente em março deste ano, é vista pela consultoria em 650 milhões de t, um recorde.

Em menor intensidade, o mercado também monitora as preocupações com a oferta asiática do adoçante. No financeiro, esta terça-feira foi marcada por valorização de cerca de 1% do petróleo no cenário internacional, o que impacta na decisão sobre o mix das usinas.

Além disso, o dólar tinha queda sobre o real, o que também dá suporte aos preços.

MERCADO INTERNO

Os preços internos do açúcar encerraram o primeiro mês de entressafra em alta. "Apesar do leve aumento na liquidez entre a segunda e terceira semanas do mês, a demanda enfraquecida predominou, impedindo uma valorização no balanço do período", reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,57 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,35%.

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 150,52 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,13 c/lb - estável.

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Por:
Jhonatas Simião | Instagram @jhonatassimiao
Fonte:
Notícias Agrícolas

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