USDA: Safras de soja e milho 2015/16 deverão ser menores nos EUA; estoques podem subir
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, neste início de tarde de terça-feira (12), seu novo boletim mensal de oferta e demanda e, como já era esperado, reduziu os estoques finais de soja dos Estados Unidos na safra 2014/15 e aumentou os de milho.
Soja EUA - Safras 2014/15 e 2015/16
Os estoques finais de soja da safra 2014/15 dos Estados Unidos foram reduzidos, neste boletim de maio, de 10,07 milhões para 9,53 milhões de toneladas. Em relação à média das expectativas, que era de 9,88 milhões, o volume também é menor.
Ao mesmo tempo, o USDA trouxe ainda uma rápida revisão nas exportações norte-americanas da safra velha, as quais ficaram estimadas em 48,99 milhões de toneladas. Em abril, a projeção era de 48,72 milhões de toneladas. Além disso, o USDA corrigiu também sua projeção para o esmagamento da soja, o qual passou de 48,85 milhões para 49,12 milhões de toneladas.
Safra nova - E saíram, neste reporte de maio, os primeiros números para a safra nova de soja dos Estados Unidos, a qual foi projetada em 104,78 milhões de toneladas, contra as 108,2 milhões da temporada anterior. A área plantada foi estimada em 34,24 milhões de hectares e a colhida em 33,87 milhões, com uma produtividade esperada de 52,17 sacas por hectare. Na safra velha, esses números eram de 33,87 milhões, 33,63 mi e 54,2 sacas, respectivamente.
Por outro lado, as expectativas indicam exportações menores de soja dos EUA nesta nova temporada, as quais deverão somar 48,31 milhões de toneladas. Já o esmagamento deve aumentar no país e chegar a 49,67 milhões de toneladas. Os estoques finais, porém, podem superar 13,6 milhões de toneladas, segundo números do USDA.
Soja Mundo - Safras 2014/15 e 2015/16
O departamento norte-americano trouxe ainda seus novos números para o cenário mundial da soja. A produção cresceu de 315,46 milhões para 317,25 milhões de toneladas. Porém, os estoques finais da safra velha passaram de 89,53 milhões para 85,54 milhões de toneladas. E as exportações mundiais foram reportadas em 117,5 milhões de toneladas.
Para o Brasil, foi mantido o número da safra 2014/15 em 94,5 milhões de toneladas, enquanto os estoques foram revisados para cima, de 24,58 para 24,93 milhões de toneladas. Já na Argentina, houve uma significativa correção na produção, a qual ficou em 58,5 milhões de toneladas, contra 57 milhões do boletim anterior.
O número que surpreendeu, porém, foi o trazido pelo USDA para as importações chinesas, o qual foi reduzido em sua estimativa de 74 para 73,5 milhões de toneladas no atual ano comercial.
Safra Nova - Nos números da safra nova, o USDA projeta uma produção mundial de 317,3 milhões de toneladas, estoques finais de 96,22 milhões e as exportações em 121,98 milhões de toneladas.
A produção brasileira da nova temporada foi projetada em 97 milhões de toneladas, com estoques finais de 31 milhões de toneladas e exportações de 49,75 milhões de toneladas. Para a Argentina, perspectiva de safra dem 57 milhões de toneladas, estoques de 32,85 milhões e vendas externas de 8,5 milhões.
Para a nova safra da China se espera uma redução em relação à última colheita para 11,5 milhões de toneladas. Os estoques finais chineses estão sendo esperados pelo USDA em 13,88 milhões e as importações da nação asiática devem subir para 77,5 milhões de toneladas.
Milho EUA - Safras 2014/15 e 2015/16
Da safra 2014/15 dos EUA, os estoques finais de milho foram revisados para cima e passaram de 46,42 milhões para 47,03 milhões de toneladas. O número ficou acima da expectativa média, que era de 46,94 milhões de toneladas.
As exportações, por outro lado, também foram elevadas e passaram de 45,72 milhões para 46,36 milhões de toneladas.
Já para a temporada 2015/16, o USDA estima números menores, a começar pela nova safra de 346,22 milhões de toneladas, contra as 361,11 milhões da safra velha. A produtividade deve cair e passar de 180,97 para 176,55 sacas por hectare, com uma redução das áreas plantada e colhida, as quais devem ficar em, respectivamente, 36,1 e 33,06 milhões de hectares.
O total de milho destinado à fabricação de etanol nos EUA deve manter, ainda segundo o boletim, o mesmo volume da safra 2014/15 e ficar em 132,09 milhões de toneladas. As exportações, porém, devem subir de 46,36 para 48,26 milhões de toneladas no ano comercial 2015/16.
Milho Mundo - Safra 2014/15 e Safra 2015/16
No quadro mundial, a produção de milho está projetada pelo USDA em 989,83 milhões de toneladas, menor do que a 2014/15. Assim, os estoques finais são esperados em 191,94 milhões de toneladas. Para as exportações globais do cereal, expectativas de 120,9 milhões de toneladas.
Para a nova safra brasileira, o USDA estima que serão colhidas 75 milhões de toneladas, que os estoques fiquem em 12,07 milhões de toneladas e que as exportações somem 22 milhões de toneladas. Para a safra 2014/15, os volumes são de 78 milhões, 17,27 milhões e 23,5 milhões de toneladas, respectivamente.
O departamento traz ainda a expectativa de que, na Argentina, sejam colhidas 25 milhões de toneladas de milho contra 24,5 da temporada anterior, com estoques de 1,02 milhões de toneladas - menores do que o da safra passada de 1,89 milhões - e ainda as exportações somando 15,5 milhões de toneladas.
1 comentário
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oscar marinho de azevedo santa lúcia - PR
...estive lendo sobre as ultimas noticias da soja..., teremos preços medio de R$ 60,00 ou mais ?
Caro Oscar..a safra americana será menor por ter números maquiados para o preço não despencar ainda mais em Chicago..e o USDA fez isto para ajudar o produtor americano que é a próxima safra a ser colhida...
Quando usarmos a produtividade e a area colhida da safra 14/15 na safra 15/16(portanto real e factível) a safra americana aumenta sua produção em mais de 6 milhoes de tons...
Veja que as noticias dão conta que a demanda tão exaltada como FORTE é uma mentira..ela é normal..portanto com estoques refeitos ..demanda normal e produção crescente os preços são de lado e para baixo..
Caro Oscar..veja um outro detalhe..a maioria dos analistas e jornalistas falam que o preço futuro vai ser melhor que o presente(eu até gostaria que fosse) mas se não houver fato novo olhe os preços meste momento em Chicago...maio 9,77 o buschel..junho 9,67...agosto 9,49...setembro 9,38...ou seja não sabem nem ler os preços a futuro...olhe que os demais preços de outros produtos é o contrario..o preço em prazo mais curto é mais baixo que no período mais longo e isto vem assim desde setembro do ano passado...