Soja: Colheita no Brasil começa e preços da safra nova tem R$ 78,80 em Rio Grande nesta 3ª
Nesta terça-feira (3), os negócios com a soja foram retomados na Bolsa de Chicago e permitindo que as primeiras referências para a oleaginosa brasileira negociadas nos portos do país começassem a surgir. Assim, no terminal de Rio Grande, com baixas mais expressivas no mercado internacional e o dólar voltando a recuar, o produto disponível era negociado a R$ 78,80 por saca e, da nova safra, R$ 76,10. Em Paranaguá, indicativo em R$ 75,00 no disponível.
Tanto no quadro nacional, quanto no externo, o foco começa a ser cada vez maior na colheita do Brasil. Os trabalhos de campo devem ganhar mais ritmo nos próximos dias na principais regiões produtoras do país, especialmente em Mato Grosso - onde o plantio é concluído primeiro. As lavouras semeadas com as variedades preoces já começam a ser colhidas e na região de Tapurah, por exemplo, a produtividade já passa de 55 sacas por hectare.
"Acredito que o clima na América do Sul ainda deverá ser o fator decisivo para os preços neste momento", explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora, Camilo Motter.
E no noticiário internacional, o quadro climático da Argentina ainda tem bastante espaço entre as informações. O excesso de chuvas em determinadas regiões produtoras de soja e milho do país atrai a atenção dos traders nessa volta ao mercado. De acordo com o Commodity Weather Group, a preocupação com as precipitações intensas na porção do centro argentino ainda existe e com essas condições persistindo, há maiores dificuldades para a conclusão do plantio.
Para analistas internacionais, o início e a evolução dos trabalhos de campo poderia pressionar as cotações em Chicago dada a chegada da oferta brasileira ao mercado, atraindo a demanda aqui para a América do Sul, e antes concentrada nos EUA. Ao mesmo tempo, há ainda a proximidade do feriado de Ano Novo Lunar na China, de grande extensão, e que também pode, apenas temporariamente, tirar a força importadora do mercado e pesar sobre as cotações.
No radar dos players segue ainda a movimentação dos fundos investidores neste início de ano e suas posições entre os futuros da soja e também dos derivados - entre os de farelo de soja, inclusive, as posições subiram em 2016, segundo um levantamento da agência internacional Bloomberg - e as atualizações sobre a demanda.
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