Soja: Fed traz preocupações com crescimento econômico global e mercado amplia baixas na CBOT
O Federal Reserve alertou, nesta quinta-feira (17), para preocupações com o crescimento econômico mundial e mudou o humor do mercado financeiro, que pode ser observado de forma mais expressiva nos negócios desta sexta-feira (18), com uma aparente aversão ao risco por parte dos traders.
Investidores em todo o globo, segundo informou a agência internacional de notícias Bloomberg, iniciaram um movimento de vendas de posições em vários setores e os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago sentiram o impacto.
Assim, por volta de 12h10 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa perdiam mais de 12 pontos e operando entre US$ 8,70 e US$ 8,80 por bushel. O contrato novembro/15, referência para a safra americana, era cotado a US$ 8,73, enquanto o maio/16, indicativo para a produção do Brasil, valia US$ 8,83 por bushel.
"Há alguma preocupação que o Fed está enxergando e não estamos vendo nos dados", disse Eric Green, diretor e pesquisador da estrangeira Penn Capital à Bloomberg. Entre as baixas mais acentuadas, está o petróleo - que pesa diretamente sobre as cotações da soja - e perdia mais de 15 em Nova York.
Nos Estados Unidos, as ações recuam fortemente em Wall Street nesta sexta depois do anúncio do Federal Reserve em manter a taxa de juros do país inalterada diante de suas preocupações com o crescimento global. Além do estado da economia global, o Fed citou ainda a forte volatilidade do mercado financeiro e a baixa inflação do país como motivos para a manutenção.
"Os investidores estão lutando para entender o quão preocupados devem ficar em relação ao crescimento glaobal", disse Jeremy Zirin, estrategista da consultoria internacional UBS Wealth Management à agência de notícias Reuters.
Agora, o foco é para o novo encontro das autoridades do banco central norte-americano, que acontece entre 27 e 28 de outubro. "As incertezas dos investidores continuarão e cada dado, cada informação econômica que for divulgada, além de outras notícias sobre a China e de fora dela serão amplamente analisados", acredita Keith Lerner, estrategista-chefe do SunTrust Bank, de Atlanta, nos EUA.
No Brasil - Apesar da boa alta do dólar, que supera 1% na sessão desta sexta-feira, os preços da soja nos portos perderam força. Em Paranaguá, a soja disponível valia ainda R$ 81,00 por saca, porém, a futura caia 1,23% para R$ 80,00. Já no terminal de Rio Grande, queda de 0,60% para R$ 83,50 no disponível e de 0,86% para R$ 82,00 no produto futuro.
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