Soja: Com dólar em alta e prêmios positivos, preços tem ligeira alta nos portos nesta 6ª
O dólar voltou a subir nesta sexta-feira (27) frente ao real e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), a moeda era cotada a R$ 3,2405, com alta de mais e 1,5%. Assim, os preços da soja nos portos já apresentavam uma reação, apesar das ligeiras baixas apresentadas em Chicago. Em Rio Grande, próximo das 13h, os preços eram de R$ 72,00 para o produto disponível e R$ 73,30 para a entrega maio/15.
Além do dólar, outro fator que vem contribuindo para os ganhos da soja no Brasil são os prêmios que seguem positivos nos portos. Em Paranaguá, o valor para março e abril é de 45 cents de dólar sobre o valor praticado em Chicago, enquanto para maio e junho o número é de 42 centavos. E são esses prêmios ainda positivos, segundo explicam os analistas, que seguem atuando como importante termômetro da demanda e, ao se mostrarem positivos, indicam sua firmeza. No mercado americano, os prêmios também estão positivos e mais altos ainda do que os registrados no Brasil.
Na Bolsa de Chicago, em contrapartida, o mercado operava em campo negativo, porém, com perdas um pouco mais acentuadas do que as registradas na manhã de hoje. Por volta das 13h15 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam entre 6,25 e 7 pontos. Os investidores seguem aguardando os novos números a serem divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 31 de março, terça-feira da próxima semana.
"Os futuros da soja e do milho trabalham em queda na tarde desta sexta-feira diante de um dólar mais alto e dos traders aguardando pelo novo relatório de plantio do USDA da semana que vem", afirma Bob Burgdorfer, analista de mercado e editor do site norte-americano Farm Futures.
Dólar
Segundo especialistas ouvidos pelo portal G1, o dólar avança sobre a moeda brasileira nesta sexta depois do reporte dos dados do IBGE que mostraram que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, o que fica ligeiramente acima da aposta do mercado. Entretanto, as sessões ainda têm sido marcadas por intensa volatilidade.
" Após disparar ante o real no início do mês, números fracos sobre os Estados Unidos e declarações cautelosas do Federal Reserve haviam levado o dólar a corrigir parte do avanço. Mas o alívio durou pouco, com o anúncio de que o Banco Central não renovará seu programa de intervenção diária além deste mês servindo de catalisador para compras de divisas", noticiou o G1. "Há uma percepção mais ou menos generalizada de que o dólar a R$ 3,10 é muito barato. Mas, ao mesmo tempo, o mercado sabe que alguma hora o dólar vai ter de parar de subir", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca ao portal.
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