Soja foca demanda, volta a subir e tem alta de dois dígitos em Chicago
Os preços da soja voltaram a subir forte nesta terça-feira (11) na Bolsa de Chicago. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), as cotações registravam ganhos superiores a 15 pontos e o vencimento janeiro, o mais negociado nesse momento, valia US$ 10,41 por bushel.
Segundo analistas, o potencial da demanda volta ao foco dos investidores e o mercado consegue recuperar boa parte das perdas registradas mais cedo na sessão de hoje e ainda as registradas no pregão anterior.
"O mercado hoje já observa a maior demanda, as maiores exportações norte-americanas e o maior potencial dessa demanda, principalmente pelos chineses e outros compradores, que estão aparecendo para o mercado mundial da soja, que segue com a demanda acelerada", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe ontem seu novo boletim mensal de oferta e demanda e aumentou as exportações norte-americanas em pouco mais de 500 mil toneladas, o que fica bem aquém do ritmo que está sendo observado tanto nas vendas para a exportação quanto dos embarques nos Estados Unidos. Dessa forma, esse número deve continuar a ser revisado para cima, mesmo que de forma comedida a cada mês, e as exportações dos EUA poderiam encerrar o ano comercial em cerca de 50 milhões de toneladas, segundo Brandalizze.
Com isso, para o consultor, o mercado em Chicago continua atuando com um intervalo entre US$ 10,00 e US$ 12,00 para os principais vencimentos e os preços deverão passar por um crescimento sustentado daqui em diante, mesmo que não disparem.
Além disso, explica ainda que, além dessa força da demanda, os produtores nos principais países exportadores - Estados Unidos, Brasil e Argentina - estão evitando participar de novas vendas, está controlando sua oferta e isso também tem sido um fator positivo para as cotações. Ao mesmo tempo, os grandes compradores continuam tentando garantir seu produto, haja vista a situação de prêmios ainda positivos tanto no Brasil quanto nos EUA, onde os valores superam US$ 1,00 sobre o preço praticado em Chicago.
"Os grandes compradores estão puxando rapidamente o que podem dos Estados Unidos porque temem que, com esse atraso da safra no Brasil, a soja deve começar a ser ofertada somente a partir de maio. E eles têm que comprar agora porque, provavelmente, nas próximas semanas começa a nevar no Meio-Oeste americano e a movimentação de cargas fica quase inviabilizada", explica Brandalizze.
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