Oil World reduz estimativa para safra de soja do Brasil de 92 para 89 mi de t
A Oil World reduziu sua estimativa para a produção mundial de soja da safra 2014/15 diante das adversidades climáticas na América do Sul, principalmente a falta de chuvas regulares no Brasil que têm atrasado o plantio da nova temporada. A consultoria alemã espera que a colheita totalize 307,8 milhões de toneladas, uma estimativa 3 milhões de toneladas menor do que a de setembro.
Para a safra do Brasil, a consultoria reduzia sua projeção de 92 milhões para 89 milhões de toneladas em função das condições mais secas de clima que têm impedido um bom avanço dos trabalhos de campo em importantes regiões produtoras, principalmente no Centro-Oeste do país.
Em Mato Grosso, por exemplo, principal estado brasileiro produtor da oleaginosa, as chuvas dos últimos dias - depois de semanas de estiagem - ainda se mostraram de volumes insuficientes e localizados. Assim, até a última semana, apenas 20,1% da área já havia sido semeada - 1,7 milhão de hectares - contra 50,5% de 2013 - 4,27 milhões de hectares. Para Graziela Gonçalves, meteorologista da Somar Meteorologista, a partir do final do mês aumentam a regularidade e o volume das precipitações, porém, o produtor deve ficar atento à volta de períodos secos na segunda semana de novembro.
Para a produção da Argentina, a Oil World reduziu sua estimativa de 55 milhões para 54 milhões de toneladas com sinais de que a área de plantio será menor do que o estimado anteriormente. Em um reporte divulgado no último dia 21, a consultoria projetou uma área de 19,6 milhões de hectares contra 19,8 milhões da temporada 2013/14.
"Há uma cresente possibilidade de que os plantios serão menores do que o esperado no Brasil e na Argentina. Os produtores brasileiros, atualmente, estão enfrentando as piores condições climáticas em pelo menos 10 anos, o que tem comprometido as perspectivas não só para a soja, mas também para outras culturas", informou o boletim da Oil World.
Por conta desse atraso da semeadura no Brasil, a colheita também acontecerá um pouco mais tarde esse ano e, consequentemente, uma concentração de oferta será vista em períodos mais atípicos nesta temporada. Segundo explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, haverá um maior volume de produto disponível em março nesta safra, o que deve mudar o ritmo da comercialização e também das exportações.
Assim, a consultoria aposta na situação de que os embarques brasileiros de soja sejam relativamente menores do que o registrado em anos anteriores no começo de 2015 em função desse atraso no plantio. "As exportações norte-americanas deverão atingir novos recordes de volumes, pelo menos entre setembro de 2014 a maio de 2015, período da primeira metade do ano comercial. Isso será necessário para satisfazer a crescente demanda de importação mundial e compensar os menores volumes na América do Sul".
Com informações da Bloomberg.
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