Oil World aumenta estimativa para a safra mundial de soja considerando safrinha no Brasil e no Paraguai
A Oil World aumentou sua estimativa para produção mundial de soja depois que produtores no Brasil e no Paraguai optaram pelo plantio da oleaginosa na safrinha. Assim, a última projeção da consultoria alemã é de 281,9 milhões de toneladas, contra as 279,68 milhões estimadas em março. O número é maior ainda do que o registrado há um ano em cerca de 6,1%.
Para a produção do Brasil, a Oil World estima 86,2 milhões de toneladas, 2% a mais do que a última previsão. O último levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicou a safra brasileira de soja em 86,1 milhões de toneladas. Para o Paraguai o aumento estimado é de 9%, com a colheita do país podendo chegar a 8,5 milhões de toneladas.
Frente a isso, a consultoria acredita que o mercado internacional da soja deverá ficar ligeiramente mais pressionado no médio prazo. No entanto, afirma ainda que isso poderia ser revertido caso o clima para o plantio da nova safra dos Estados Unidos seja desfavorável, atrasando e comprometendo os trabalhos de campo.
A opção de muitos produtores brasileiros e a paraguais pelo cultivo da safrinha de soja é reflexo da forte alta dos preços que a commodity vem registrando. Só este ano, diante da escassez de produto nos Estados Unidos e da intensa demanda mundial por soja, principalmente por parte da China, as cotações já somam ganhos de 16% na Bolsa de Chicago.
De acordo com números da consultoria, a área com plantio de soja safrinha pode chegar a 750 mil hectares no Brasil, contra 130 mil do ano passado. Já no Paraguai, a área deverá ser de 550 mil hectares. Com isso, a Oil World acredita que essa segunda safra poderá ser de cerca de 3 milhões de toneladas com a colheita entre junho e julho.
Ainda segundo números da Oil World, as importações mundiais de soja nesta temporada deverão ser de 111,9 milhões de toneladas. Desse total, a China, principal importadora mundial, deverá responder por 69 milhões de toneladas, de acordo com o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Com informações da agência internacional Bloomberg.
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