Grãos continuam recuo na CBOT, porém, soja já esboça reação nesta 6ª feira
O mercado internacional de grãos opera com ligeiras baixas na manhã desta sexta-feira (21) na Bolsa de Chicago e a soja já esboça reação nos primeiros vencimentos. Na soja, por volta das 10h20 (horário de Brasília), o vencimento julho/13 opera a US$ 14,99 por bushel , leve alta de 1,75 pts. Agosto também já trabalha no azul com alta de 0,75 pts. cotado a US$ 14,21 por bushel. Os demais contratos recuavam entre 1 e 3 pontos. No milho, o primeiro vencimento - julho/13 - perdia 5 pontos e os demais caíam 4 pontos. No trigo, perdas também de 3 a 4,50 pontos.
Na sessão de hoje, o mercado dá continuidade ao movimento registrado ontem, quando os preços exibiram forte recuo em função do nervosismo do mercado financeiro e da expressiva alta do dólar.
No entanto, como é típico de sexta-feira, os investidores buscam um melhor posicionamento antes do final de semana e buscam operar com mais cautela nesse pregão. Veja como terminou o mercado nesta quinta-feira (20):
Grãos fecham com forte queda com financeiro negativo e alta do dólar
Os futuros da soja, do milho e do trigo fecharam a sessão desta quinta-feira (20) com expressiva baixa na Bolsa de Chicago. A soja chegou a registrar perdas de quase 30 pontos em alguns vencimentos, como o março/14, que terminou o dia valendo US$ 12,83 por bushel, perdendo 28,75 pontos. O contrato julho/13 perdeu o patamar dos US4 15 e fechou o pregão a US$ 14,97. O milho perdeu entre 9 e 11,75 pontos, e o trigo entre 6,50 e 8,50.
O principal fator de pressão para os preços neste pregão veio do nervosismo do mercado financeiro, com uma queda generalizada do mercado de commodities. Algumas registraram seus menores patamares em 18 meses. Ao mesmo tempo, com os investidores mais avessos ao risco, o dólar registrou forte alta, o que também é fator negativo para o mercado de commodities.
No Brasil, nesta quinta-feira, o dólar subiu 1,7%, fechando a R$ 2,258, maior valor desde abril 2009, quando a divisa norte-americana chegou a R$ 2,281. No acumulado do ano, a alta da moeda já é de 10,25%.
"Isso é muito do reflexo do mau humor generalizado do mercado financeiro, que começou desde as informações do Federal Reserve. Esse mau humor contaminou todas as commodities", disse o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone.
O nervosismo do mercado financeiro foi motivado, principalmente, pelo anúncio do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que os estímulos à economia dos Estados Unidos podem começar a ser retirados, aos poucos, com o programa podendo terminar em meados de 2014.
Com isso, o mercado se assustou com a proximidade desse corte, aumentando a aversão ao risco por parte dos investidores. Assim, os mesmos se direcionaram à ativos menos arriscados, como o dólar, por exemplo, provocando essa forte alta da moeda norte-americana.
Nesse quadro, as principais bolsas de valores mundiais também registraram um dia de queda, bem como a Bovespa, ativos de risco e também as principais commodities, com reflexo bastante expressivo nas agrícolas.
Atuando como um catalisador para as baixas, o mercado internacional de grãos em Chicago ainda sentiu uma pressão negativa vinda também de uma melhora no clima dos Estados Unidos e previsões de que as condições para o desenvolvimento das lavouras continue bom, dentro das necessidades das plantações.
"Hoje foi um dia particular, mas isso ainda pode continuar por mais alguns dias. Mas vai chegar um momento em que as questões do mercado financeiro vão ficar de lado e os fundamentos vão voltar ao foco. Em questões de fundamentos, por exemplo, volta a questão do mercado climático. Se tivermos, de repente, um contraponto com o clima, por exemplo, isso pode mudar", explicou Monte.
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