Sem oferta disponível nos EUA, soja fecha semana com forte alta
A falta de soja nos Estados Unidos frente a uma demanda bastante aquecida tem sido o principal fator de sustentação para os preços da commodity no mercado internacional, e o impacto positivo mais expressivo tem sido sentido nos contratos de mais curto prazo. Na sessão desta sexta-feira (17), os primeiros vencimentos subiram mais de 20 pontos, com o julho/13, o mais negociado nesse momento, encerrando o dia valendo US$ 14,48. O agosto terminou a US$ 13,87/bushel.
O mercado foi ampliando seus ganhos durante esse pregão e nem mesmo as expectativas de uma safra cheia nos Estados Unidos pesaram sobre os preços, porém, impediram que os contratos de mais longo prazo subissem com mais vigor.
Como explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, o mercado tem observado com mais atenção a questão da demanda. Nesta sexta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 138 mil toneladas de soja da safra velha - 2012/13 - a destinos não revelados, e ainda 120 mil toneladas para a China a serem entregues na temporada 2013/14.
Essa nova compra de soja da safra velha acabou estimulando ainda mais as altas dos preços no curto prazo, refletindo uma procura ainda muito ativa pelo produto norte-americano, a qual tem dado bom suporte também ao mercado físico dos Estados Unidos. Por lá, os embarques continuam muito firmes, além da disputa pela matéria-prima com a demanda interna. O cenário tem estimulado os prêmios nos portos locais a registrarem patamares historicamente altos.
"O mercado está olhando mais para o lado da demanda hoje, que continua muito aquecida por soja e milho no mercado internacional do que nesses últimos dias sobre o fator safra americana. Nessa semana, o plantio andou em ritmo melhor do que na semana passada, e isso deixou de pressionar positivamente o quadro geral do mercado em Chicago", disse Brandalizze.
5 comentários
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Liones Severo Porto Alegre - RS
Caro Salvador Reis Neto, ninguem divulga as perdas generalizadas na produção de soja brasileira. Não conheço nenhuma região tenha colhido o que a Conab outras agencias estimaram. Não acredito que a produção brasileira de soja tenha alcançado 78 milhões de tons. abraçoss
Liones Severo Porto Alegre - RS
Caro Salvador Reis Neto, voce esta completamente certo. No Rio Grande do Sul já negociou a 61,00 no interior na sexta feira. Para quem entrega soja agora com pagamento maio de 2014, o preço é R$ 71,00 por sc. abraços
salvador reis neto Santa Tereza do Oeste - PR
já temos os dados oficiais da produção de soja da atual safra brasileira? produzimos aqueles 83 milhões, aqui na região a produtividade foi de 8 a 10% menos que a madia de anos normais. se alguém souber por favor nos informe.
salvador reis neto Santa Tereza do Oeste - PR
ate agora so vendi para pagar pequenas contas, o ano passado um amigo meu contratou soja a 60 reais a saca para pagamento em maio 2013, resolvi contratar também mas so queriam me pagar 57 alegando que o mercado estava em baixa, desisti na colheita por causa das chuvas perdi o preço de 58, em abril veio a 49 como não sou filho de pai assustado, e acompanhando o mercado aqui pelo noticias agriculas, especialmente as analises de Liones Severo acredito que poderei ainda vender as minhas sobras por pelo menos os 60 reais ou próximo disto e acho que não vai demorar muito. a lógica muito simples; com a demanda aquecida quem tem soja na mao, não esta com pressa alguma para vender quem quiser comprar vai ter que pagar o preço. sera que estou certo Liones ?
Liones Severo Porto Alegre - RS
O escassez de soja e farelo de soja no mundo é muito mais grave do que se imagina. Os americanos não tem mais soja, mas as industrias precisam continuar processando soja para cumprir os contratos de venda de farelo de soja que venderam para a exportação e para atender o consumo interno. O Brasil não tem mais soja nem farelo de soja para vender para os Estados Unidos. A Argentina está praticamente alijada do mercado por problemas econômicos (cambio) e não está produzindo o farelo de soja suficiente para abastecer os mercados consumidores mundiais, sendo a argentina o maior supridor mundial de farelo de soja com cerca de 30 milhões de toneladas anuais. Consequentemente, existe uma forte demanda por farelo de soja brasileiro e americano. No risco de ficar me repetindo, não é uma crise pontual com prazo de validade e nem mesmo a próxima safra americana de soja, por maior que seja, poderá resolver o problema da escassez mundial, cuja demanda tem sido subestimada há anos. Os estoques mundiais reportados pelo USDA não existem, nem para a soja e nem para o milho. Traduzindo, tudo isto deverá refletir nos preços das commodities agrícolas, que precisam de preços elevados para aumentar as produções. Quem acompanha meus comentários não deve estar surpreendido com a firmeza dos preços !!!