Grãos: Safra nos EUA avança só 2%, mas mercado fecha em baixa
Publicado em 22/04/2013 16:08
e atualizado em 22/04/2013 17:52
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que o plantio de milho no país, até o último dia 21 de abril, estava concluído em apenas 4%. Na semana passada, o índice era de 2%.
O processo, em relação ao ano passado e à média histórica, está bastante atrasado, uma vez que esses números eram de 26 e 16%, respectivamente.
Sobre o plantio do trigo de primavera, o USDA indicou que 7% da área já está semeada, contra 6% da semana anterior. No ano passado, nesse mesmo período, esse número era de 52% e a média dos últimos cinco anos é de 24%.
O departamento reportou ainda que 36% das lavouras de trigo de inverno estão em boas ou excelentes condições. 32% em situação regular e 33% em condições ruins ou muito ruins.
Na semana passada, esses valores eram, respectivamente, de 36, 33 e 31%.
Até o fechamento do pregão regular desta segunda-feira (22), o mercado ainda não tinha conhecimento desses números, sendo assim, cotações dos grãos fecharam em baixa refletindo previsão de melhora climática nos EUA, o agravamento da gripe aviária na China e ainda uma melhora do escoamento da safra de soja da América do Sul.
Melhora do clima nos EUA pressiona e soja fecha com intensa queda
Nesta segunda-feira (22), os futuros da soja fecharam o dia com intensas perdas na Bolsa de Chicago. Os principais vencimentos da oleaginosa encerraram os negócios recuando entre 10,50 a 18,50 pontos. O movimento de realização de lucros no mercado internacional foi intensificado ao longo do dia após sessões consecutivas de boas altas na semana passada. Além disso, alguns fatores baixistas contribuíram para o tom negativo tomado pelos preços.
Um dos principais fatores de baixa foi a previsão de uma melhora climática nos Estados Unidos. Projeções indicam condições climáticas mais favoráveis para o plantio do milho, que foi iniciado na última semana, e isso teria pesado sobre o mercado, segundo analistas. A melhora é prevista para importantes regiões produtoras, principalmente no Cinturão do Milho, no meio-oeste norte-americano.
Outro fator de pressão negativa para o mercado é o agravamento do surto de gripe aviária na China. Já são contabilizados mais de 103 casos e as mortes chegam a 20, de pessoas de 58 a 81 anos. Em função da doença, o consumo de carne de frango vem caindo com intensidade no país, o que já resulta em um queda de 5% nos preços nas últimas semanas.
O temor do mercado é de que essa redução no consumo de carne possa reduzir a produção frangos, diminuindo, consequentemente, um menor uso de soja, farelo, milho e trigo na produção da ração animal. Atualmente, a China é um dos maiores produtores mundiais de carne de frango, bem como a maior importadora global de soja.
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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