Café: Bolsa de Nova York registra quinto dia consecutivo de valorizações e fecha em alta nesta 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a fechar em leve alta nesta quarta-feira (31). O mercado trabalhou com oscilações nos dois lados da tabela, assim como nos últimos dias. Com isso, as cotações chegam ao quinto dia de valorizações e mais próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.
Diante deste cenário, o vencimento setembro/16 teve valorização de 115 pontos e cotado em 145,90 cents/lb. O contrato dezembro/16 encerrou valendo a 147,05 cents/lb e alta de 100 pontos, enquanto março/17 fechou a 150,20 cents/lb. Já o maio/16 fechou cotado a 152,10 cents/lb, após a valorização de 90 pontos.
Para o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, o mercado tem trabalhado nos últimos dias próximo da estabilidade e segue em busca do patamar de US$ 1,50 por libra-peso, visto que os atuais fundamentos já estão precificados pela bolsa. Para as próximas semanas, o cenário internacional deve dar atenção às informações de clima e florada, que já começam a ser relatas por alguns produtores.
O analista da Maros Corretoa, Marcus Magalhães, também aponta que daqui pra frente o que deve ditar os preços são os dados em relação a chuvas no cinturão produtivo do Brasil e dólar. “Enquanto não tivermos a claridade dessas duas variáveis, dificilmente o mercado sairá do atual espaço de trabalho", aponta.
No cenário climático, choveu em grande parte das regiões produtoras devido ao avanço duas frentes frias, segundo aponta informações da Somar Meteorologia. Apesar da precipitação excessiva registrada no oeste do Paraná e também em São Paulo, os próximos dias devem ser de tempo estável. Também não há previsão de geadas para o período.
Apesar das chuvas, as colheitas não devem sofrer grandes impactos, visto que já se aproximam do fim. A Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé) estima que os trabalhos no campo estejam em 91,38% até o dia 26 de agosto. Já o último levantamento da Safras & Mercado aponta que até 23 de agosto foram colhidos 91% do total previsto para a temporada.
Para o câmbio quase não houve mudanças em relação aos últimos dias, fechando o dia com baixa, próximo da estabilidade. Com a expectativa em relação a decisão do Senado pela aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a moeda teve dia de volatilidade e fechou cotado a R$ 3,2293, após o recuo de 0,34%.
Outra informação importante para o mercado foi o recuo nas exportações em julho nos países membros da OIC (Organização Internacional do Café) que foi divulgada nesta tarde. Segundo a entidade, houve a redução de 22% em relação ao mesmo período de 2015, totalizando 7,747 milhões de sacas de 60 quilos no mês.
Mercado interno
No Brasil, as negociações seguem lentas, visto que não há mudanças no cenário e grande parte da safra já foi comercializada. Segundo Anilton Machado, as movimentações nas cooperativas estão grandes, com produtores focados na entrega do que já foi negociado.
Com isso, o café tipo cereja descascado registrou recuo de 1,67% na cotação em Espirito Santo do Pinhal (SP), negociado a R$ 590,00 pela saca de 60 quilos. Em Poços de Caldas (MG), a desvalorização foi de 1,31%, cotado a R$ 529,00 por saca.
O tipo 4/5 também registrou desvalorização, com baixa de 0,99% em Varginha (MG), levando os preços para R$ 500,00/sc. Já em Poços de Caldas (MG) a referência é de R$ 494,00 por saca, após cair 0,40%.
No tipo 6 duro, houve alta de 0,98% em Franca (SP), em que a saca de 60 quilos passa a valer R$ 515,00. Por outro lado, o dia foi de quedas em Espirito Santo do Pinhal (SP), fechando o dia em R$ 500,00/sc.
Na terça-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 489,21 com alta de 1,24%.
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