Plano Agro Mais do governo pretende reduzir burocracia no agronegócio
Mais eficiência e menos burocracia. Com estes objetivos, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lançou o Plano Agro +, na manhã desta quarta-feira (24), durante solenidade com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto. “Queremos um Brasil mais simples para quem produz e mais forte para competir”, destacou Blairo Maggi, usando o slogan do plano para reforçar o propósito do governo federal com 69 medidas destinadas a modernizar e desburocratizar normas e processos do Ministério da Agricultura.
As medidas serão implementadas imediatamente. Entre elas, o fim da reinspeção em portos e carregamentos vindos de unidades com Serviço de Inspeção Federal (SIF). Com a eliminação desses entraves, o setor privado e o governo devem ter um ganho de eficiência estimado em R$ 1 bilhão ao ano. Esse valor representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio brasileiro, calculado em cerca de R$ 500 bilhões.
Para Blairo Maggi, o Agro + vai transferir dinheiro da ineficiência para a eficiência, trazendo benefícios para a sociedade. O plano, acrescentou o ministro, busca justamente otimizar os recursos para proporcionar ganhos ao setor produtivo, que poderá assim gerar mais emprego e renda ao longo da cadeia do agronegócio.
Os principais obstáculos burocráticos existentes no Mapa foram identificados por um grupo de trabalho criado pela Portaria nº 109, de 2006. Os técnicos do ministério analisaram 315 demandas do setor produtivo e estabeleceram 69 medidas para implantar nesta primeira fase do Agro +. Com isso, o governo atenderá reivindicações de 88 entidades representativas do agronegócio brasileiro.
“O plano será ampliado em 60 e em 120 dias, quando novas normas e processos deverão ser simplificados”, disse o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki.
Com medidas de curto, médio e longo prazos, o Agro + tem dois eixos: Modernização e Desburocratização e o Marco Regulatório do Plano de Defesa Agropecuária. O foco é a redução da burocracia, que hoje interfere na execução dos serviços.
Para tanto, o Mapa acelerou a implementação do Manual do Boas Práticas Regulatórias de Defesa Agropecuária, priorizou as demandas de automação desta área e deu celeridade à revisão de normativas da Defesa Agropecuária. Isso está sendo feito por meio de portarias e instruções normativas para reorganizar e fortalecer a tramitação de normas.
O Mapa também vai estabelecer cooperação com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para desenvolver ferramentas capazes de agilizar a troca de informações entre as autoridades sanitárias e os países importadores do agronegócio brasileiro.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, as medidas, elaboradas com apoio do corpo técnico, permitirão a racionalização dos recursos financeiros e humanos da SDA, oferecendo maior agilidade ao setor produtivo.
Algumas das medidas do Plano Agro +
• Fim da reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades com SIF
• Lançamento do sistema de rótulos e produtos de origem animal
• Alteração da temperatura de congelamento da carne suína (-18ºC para -12ºC)
• Revisão de regras de certificação fitossanitárias
• Aceite de laudos digitais também em espanhol e inglês
1 comentário
“O agronegócio é o novo Vale do Silício”, diz presidente do Sindicarne
CNA e federações do Norte se reúnem com presidente da FPA
Balança comercial do agro paulista tem saldo positivo de US$ 2,78 bilhões em outubro
Bom dia Agro 28/11/24 - Aprovação da lei dos bioinsumos, tensões entre França e BR, pronunciamento de Haddad e mercado da soja
Dólar dispara e se aproxima dos R$ 6,00 com reação do mercado a pacote fiscal e reforma do IR
CNA diz que projeto de lei de bioinsumos dá segurança jurídica aos produtores
Antonio oliveira chaves ITINGA - MG
No momento estas medidas poderão não surtir efeito a médio prazo ("Plano Agro Mais do governo pretende reduzir burocracia no agronegócio")... Necessitamos de medidas que venha desburocratizar, urgente... As instituição financeira colocam tanta exigência que o produtor chega desistir do Empréstimo... Afinal o produtor nunca foi caloteiro, só não paga quando não tem como pagar... No nosso caso, é a seca que há anos nos castiga.. Hoje o produtor não é convidado nem para tomar um cafezinho em uma agencia de banco. Ultimamento estamos muito desmoralizados... Chegou-se ao ponto que se o produtor negociar uma divida ele fica sem credito..., os Bancos não confiam mais em produtor... Por estas e outras que hoje o campo ficou vazio, e as cidades lotando dia a dia.. hoje não olha se o social, só visa lucros... É mais fácil investir em papel optando pelo ganho mais facial, já o social que se dane.