Com alta de mais de 2% nesta terça-feira (15), açúcar se aproxima de 23 cents por libra-peso em Nova Iorque

Publicado em 15/10/2024 14:44 e atualizado em 15/10/2024 17:36
Em sequência de dias de alta, mercado da cana segue atento ao tamanho da produção brasileira
João Pedro Baggio - Diretor Presidente G7 Agro Consultoria
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Com alta de mais de 2% nesta terça-feira (15), açúcar se aproxima de 23 cents por libra-peso em Nova Iorque

As incertezas sobre o tamanho das perdas da safra de cana-de-açúcar e quanto da produção será afetada seguem como suporte para os preços futuros. Nesta terça-feira (15), os avanços entre os principais contratos chegaram a 1,92% na Bolsa de Nova York e a 0,92% em Londres.

“Todas as agências especializadas no mercado sucroenergético estão tentando mensurar as perdas da safra 2025/26 no Brasil. Mas ninguém consegue ainda determinar uma percentagem de perda”, declarou João Pedro Baggio, Diretor Presidente G7 Agro Consultoria.

Segundo Baggio, as condições de muitas lavouras seguem ruins e ainda não é possível precisar como será a recuperação. “Estou vendo soqueiras que desde abril estão sem água. A brota da cana eu não sei como vai se comportar, não choveu ainda o suficiente para se recuperar. Então, a estimativa de perda ninguém ainda é capaz de mensurar essa perda”, reforçou.

Por conta disso, ele diz que pode ser que a oferta de outros países não seja capaz de preencher o espaço deixado pela possível quebra brasileira. “Outro detalhe é que o mercado internacional começa a procurar um plano B, e o plano B é a Índia. Na Índia, eles estão vendo lá que ela não vai conseguir, caso as perdas no Brasil sejam grandes, a Índia não vai conseguir repor o açúcar que vai faltar”, ressaltou Baggio.

Com isso, em Nova York, nesta terça-feira, o contrato março/25 subiu 0,43 cents (+1,92%), sendo cotado a 22,82 cents/lbp. O maio/25 registrou uma alta de 0,29 cents (+1,40%), fechando a 20,99 cents/lbp. O julho/25 avançou 0,22 cents (+1,12%), negociado a 19,94 cents/lbp, enquanto o outubro/25 teve um ganho de 0,15 cents (+0,77%), cotado a 19,58 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 subiu US$ 2,40 (+0,42%), fechando a US$ 577,70 por tonelada. O março/25 avançou US$ 5,70 (+0,98%), sendo negociado a US$ 585,20 por tonelada. O maio/25 teve uma alta de US$ 4,70 (+0,82%), cotado a US$ 576,80 por tonelada, enquanto o agosto/25 subiu US$ 4,20 (+0,76%), fechando a US$ 557,60 por tonelada.

Mercado Interno

O açúcar cristal branco, em São Paulo, está cotado em R$ 150,35/saca, com ganho de 0,23%, como mostra o Indicador Cepea Esalq. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 158,92/saca, baixa de 0,13%. O cristal empacotado, em São Paulo, vale R$ 16,0490/5kg, queda de 0,49$; o refinado amorfo perdeu 0,17% e está cotado em R$ 3,5572/kg, e o VHP permanece com preço de R$ 112,81/saca.

Em Alagoas, o preço do açúcar está em R$ 158,99/saca, avanço de 1,63%, com base no indicador Cepea Esalq. Na Paraíba, a cotação é de R$ 148,00/saca. Em Pernambuco, o valor é de R$ 155,47/saca.

Por: Ericson Cunha e Igor Batista
Fonte: Notícias Agrícolas

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