De imediato, RenovaBio eliminaria a capacidade ociosa das usinas de 35% na produção de etanol e geraria novos investimentos
O presidente do Sindalcool Paraíba, Edmundo Barbosa, conta que o estado conta com uma ligeira recuperação na produção de cana de açúcar, após cinco safras de seca continuada. Assim, a produção deve ultrapassar as 6 milhões de toneladas, recuperando o funcionamento de oito usinas, as quais possuem cerca de 44 mil funcionários.
O estado é o terceiro maior produtor da região Nordeste, que deve contar com uma safra total de 47 a 48 milhões de toneladas de cana. Os primeiros produtores são, respectivamente, Alagoas e Pernambuco.
A produção sucroalcooleira na Paraíba enfrentou alguns desafios frente a pontos como a importação de etanol de milho proveniente dos Estados Unidos, para o qual foi estabelecida, agora, uma cota de 600 mil m³. Agora, Barbosa aposta no andamento do programa RenovaBio para eliminar a capacidade ociosa das usinas em 35%.
O RenovaBio possui o objetivo de, até 2030, aumentar o consumo do etanol e reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa. Barbosa acredita que este percentual só será alcançado se forem revistas as ações referentes aos transportes e à emissão de energia. Ele salienta que já existe um esforço por parte das montadoras de automóveis em reverem suas políticas de combustíveis, para um maior aproveitamento do potencial energético oferecido pelo etanol.
O presidente comenta, também, as demissões no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), que podem significar a interrupção de pesquisas em torno do etanol de primeira e segunda geração que são fundamentais para o segmento desse plano.
Atualmente, o litro do etanol saindo da indústria na Paraíba gira em torno de R$1,65 para o hidratado e R$1,85 para o anidro.