Mercado do etanol e o futuro do setor no Brasil serão discutidos durante evento em São Paulo no mês de junho
Nos dias 26 e 27 de junho, a cidade de São Paulo irá receber mais uma edição do Ethanol Summit, evento criado em 2007 pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) que é o principal no setor de etanol. No momento de sua criação, o etanol estava em evidência global e despertava o interesse de delegações estrangeiras ao redor do mundo. Agora, o evento trabalha para reunir o que há de mais relevante e importante para ser discutido no setor.
De acordo com Adhemar Altieri, diretor-executivo da Medialink, empresa que organiza o evento para a UNICA, o Ethanol Summit fala de estratégia, impacto econômico, mudanças climáticas entre outros temas pertinentes, sempre com presenças de grande porte de pessoas envolvidas no setor. Esse ano, o presidente e a diretora-executiva da Associação Mundial de Bioenergias (WBA) estarão presentes com um levantamento mundial de uso de bioenergias, com os dados mais recentes. O evento também pretende discutir uma inserção mais forte do etanol e produtos da cana nos esforços para enfrentar as mudanças climáticas, incluindo o setor automotivo com uma discussão a respeito da mobilidade em 2030.
Retomada
Há uma perspectiva de retomada que não se viu de forma pronunciada nos últimos dois Summits, de acordo com Altieri. Mais de 80 usinas encerraram suas atividades no estado de São Paulo com os achatamentos dos preços da gasolina. Para o diretor-executivo, o governo Temer assume uma postura diferente e mostra interesse em trabalhar com o etanol, reconhecendo que, sem ele, não irá atingir os objetivos das reuniões globais da Organização das Nações Unidas (ONU).
A fase, portanto, é de mudanças nas expectativas. Não há previsão de novas estruturas para refino de gasolina no Brasil nos próximos 10 anos, como lembra Altieri. Com isso, "ou você oferece mais etanol ou importa combustíveis, o que pesaria para a balança comercial brasileira".
Hoje, a cana está em uma série de produtos, como embalagens, papel de cana, bioeletricidades, entre outros. Isso destaca a necessidade de uma maior atenção para o setor.
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