Preços da soja no BR podem encontrar fôlego no dólar e nos prêmios; Chicago segue de lado
Os preços da soja caminham sem força na Bolsa de Chicago neste momento e este mercado tende ainda a continuar, segundo explica o consultor de mercado Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing, em entrevista ao Bom Dia Agronegócios nesta terça-feira (22). "O carro chefe dessa movimentação, desde o início do ano foi dos fundos, que insistem em vender e já estabelecem uma grande posição vendida. E algo terá que mudar a opinião deles", diz. "O que é assustador sobre o mercado da soja é se o mercado também vai sofrer essa pressão contínua sobre os especuladores".
Edwards afirma que o ponto de virada do mercado seria um momento em que a safra brasileira não seja capaz de atender à demanda mundial, o que forçaria os compradores a se voltarem à soja dos EUA, dando espaço para um fôlego das cotações em Chicago e limitando a capacidade dos fundos de sustentarem suas posições vendidas diante de estoques americanos que podem ser mais apertados.
"Eu acho que o carro-chefe para uma virada mais sustentada é demanda maior pela soja dos Estados Unidos", afirma o consultor. Neste momento, complementa Edwards, o momento de uma demanda mais contida não, necessariamente, exerce uma pressão sobre as cotações, e o que mercado precisa agora é de que, por outro lado, a demanda se acelere para que o mercado reverta sua tendência.