Soja recua novamente em Chicago com realização de lucros e entra setembro esperando oferta/demanda do USDA
Soja recua novamente em Chicago com realização de lucros e entra setembro esperando oferta/demanda do USDA
Pelo terceiro dia consecutivo, as cotações futuras da soja encerraram o pregão registrando desvalorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). Na visão do Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, essas movimentações vieram com fundos de investimentos vendendo e realizando lucros após quatro dias de altas, que levaram os preços acima dos US$ 14,00 o bushel.
Agora, com a entrada do mês de setembro, a expectativa é que o mercado comece a especular sobre o próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que será divulgado no dia 12.
Para o consultor, números de produtividade da soja acima dos 50 bushels por acre serão ignorados pelo marcado, que deverá apenas ter ajustes nos preços em caso de cortes pequenos, mas pode ter um novo rally de altas mediante a cortes abaixo dos 49 bushels.
Brasil
Para o produtor brasileiro que inicia o plantio da safra 2023/24 nos próximos dias, a projeção é que boas oportunidades de comercialização possam aparecer no decorrer da temporada, especialmente diante da previsão de um novembro de temperaturas elevadas e pouca chuva no Cerrado.
Sendo assim, Fernandes acredita que, aqueles produtores que já avançaram nas vendas para 40 ou 50% da produção podem esperar essas movimentações de clima e apostar em preços mais altos durante a safra. Já aqueles que tem vendas em apenas 5 ou 10% devem buscar proteger seus custos ao invés de apostar tudo nesse rally climático que pode não acontecer.
Confira a íntegra da entrevista com o Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios no vídeo.