Soja recupera últimas baixas e sobe ainda mais em Chicago nesta 5ª; preços melhoram também no BR

Publicado em 13/07/2023 17:26
Na Bolsa de Chicago, altas passaram dos 40 pontos nos contratos mais negociados - ou 3% - enquanto o dólar perdeu pouco mais de 0,5%, permitindo que a balança pendesse mais para o lado do produtor brasileiro. Atenção deve estar ainda sobre os prêmios e negócios da safra nova. Para CBOT, foco está sobre o clima nos EUA, que deve ser ainda adverso em julho, período crítico para a safra americana.
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro
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Soja se recupera e fecha com mais de 40 pts de alta em Chicago nesta 5ª feira

A quinta-feira (13) foi aquecida e de importante recuperação para o complexo soja na Bolsa de Chicago, com altas de mais de 3% entre os futuros da soja negociados. O mercado não só recuperou o que perdeu na sessão anterior, como subiu ainda mais, levando o contrato agosto aos US$ 14,83 e o novembro aos US$ 13,68 por bushel. No óleo, ganhos de mais de 3%, no farelo mais de 2% no milho, quase 4%. O trigo vai encerrando o dia subindo pouco mais de 1%. 

As soft commodities também subiram de forma expressiva na Bolsa de Chicago, com destaque para um avanço de quase 2% no petróleo. Ao mesmo tempo, o dólar index cede mais de 0,7% frente a uma cesta de moedas, o que dá ainda mais espaço às altas das commodities. 

Como explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, os números do último reporte mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não foram "comprados" pelo mercado, que sabe que nos próximos boletins a produtividade da soja americana terá de ser corrigida para baixo, levando também a safra, os estoques e, inclusive, as exportações. 

Mais do que isso, as condições de clima que não foram boas entre maio e junho não deverão ser também em julho, segundo os últimos modelos climáticos, e podem ainda continuar adversas no início de agosto, período críticos para o desenvolvimento das lavouras norte-americanas. Se confirmando este cenário, os futuros da oleaginosa podem testar novas altas em Chicago, ainda como explica Sousa. 

MERCADO BRASILEIRO

No mercado brasileiro, os preços sentiram os bons impactos das altas na CBOT, porém, a baixa do dólar frente ao real tira parte deste movimento e permite que os repasses para o produtor no Brasil seja limitado. Nesta quinta-feira, com altas maiores em Chicago do que a baixa da moeda americana frente à brasileira, a balança pendeu mais para o lado do sojicultor, com preços melhores do que os do dia anterior. 

Os prêmios também não colaboram muito ainda e são mais um ponto de pressão sobre as cotações no mercado nacional. No entanto, "na medida em que a oferta vai cada vez mais diminuindo, com o produtor vendendo da mão para a boca - porque o período dos grandes embarques já foi - as coisas vão melhorando", explica o diretor da Labhoro. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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