Soja sobe em Chicago sustentada pelo clima na AMS e tamanho das perdas vai balizar preços em 2023

Publicado em 28/12/2022 17:12
Safra brasileira deve ser grande, mesmo com perdas no RS, e pressionar preços, que só vão subir diante de grandes perdas na Argentina
Luiz Fernando Gutierrez - Consultor da Safras & Mercado

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Soja sobe em Chicago sustentada pelo clima na AMS e tamanho das perdas vai balizar preços em 2023

 

Os preços internacionais da soja futura encerraram a quarta-feira (28) acumulando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT) e estendendo os ganhos registrados no pregão de ontem. 

O vencimento janeiro/23 foi negociado por US$ 15,06 com ganho de 24,25 pontos, o março/23 valeu US$ 15,14 com elevação de 25,25 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 15,21 com valorização de 25,50 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 15,25 com alta de 25,25 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última terça-feira (27), de 1,64% para o janeiro/23, de 1,70% para o março/23, de 1,70% para o maio/23 e de 1.68% para o julho/23. 

Segundo o consultor da SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, o clima voltou a impactar as lavouras de soja na Argentina e no Rio Grande do Sul, e isso sustentou as cotações, ainda mais diante de previsões nada animadoras de precipitações neste final de 2022 e começo de 2023. 

Gutierrez explica que, se não houver boas chuvas em janeiro e fevereiro, os problemas produtivos serão grandes nesta safra, deixando as atenções do mercado todas voltadas ao clima da América do Sul. 

Mesmo assim, o consultor ressalta que, o Brasil ainda deve ter uma safra de soja grande colhida em janeiro e fevereiro, o que tende a pressionar os preços no primeiro semestre. Sendo assim, será o tamanho das perdas na Argentina que balizará as cotações. 

Para o produtor brasileiro, Gutierrez aponta que este é um bom momento para avançar com a comercialização da safra nova, que está lenta, para se garantir em parte da produção ao invés de arriscar tudo em grandes problemas climáticos. 

Confira a íntegra da entrevista com o consultor da SAFRAS & Mercado no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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