Falta de chuva em São Borja (RS) atrasa o plantio da soja e já prejudica o desenvolvimento das plantas
A escassez de chuvas em São Borja, no Rio Grande do Sul, gera atrasos no plantio da soja, que já deveria estar em fase final, além de prejudicar o desenvolvimento das plantas, segundo o engenheiro agrônomo do Sindicato Rural do Município, Albano Antônio Strieder. Ele explica que cerca de 80% da área foi semeada, e que para plantar o restante, sojicultores aguardam ansiosos pelas chuvas previstas entre os dias 27 e 28 de dezembro para concluir os trabalhos.
"Mesmo se essa chuva chegar e continuar a chover em volumes satisfatórios em janeiro, já é de se estimar uma perda de 4 a 5 sacas por hectare, levando em consideração a produtividade média de São Borja em anos normais, que é de 52 sacas por hectare", disse. Ele complementa, pontuando que, se as precipitações não vierem, o cenário será devastador, com produtores colhendo entre 8 a 12 sacas por hectare, como aconteceu em safras passadas.
Sobre o desenvolvimento das plantas, ele conta que muitas estão em estado vegetativo, mas as mais precoces já estão soltando flores em um momento em que não deveriam, mas como forma de se protegerem do sol e das altas temperaturas.
Strieder conta que cerca de 20% a 30% da soja já fopi comercializada em contratos futuros, com valores entre R$ 170,00 a R$ 180,00 por saca, mas que estes preços só serão remuneradores ao sojicultor se ele conseguir colher entre 42 a 45 sacas por hectare.