Terceiro pregão seguido de queda para a soja na CBOT e um mercado com dificuldades para sustentar preços acima dos US$14/bushel

Publicado em 03/08/2022 17:32 e atualizado em 03/08/2022 18:31
Para consultor, baixas de agosto costumam ser mais fortes que as registradas em julho na bolsa de Chicago
Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing

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Terceiro pregão seguido de queda para a soja na CBOT e um mercado com dificuldades para sustentar preços acima dos US$14/bushel

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam mais um dia com baixas de dois dígitos e o contrato novembro, mais uma vez, ficando abaixo dos US$ 14,00 por bushel. E de fato há, neste momento, dificuldades do mercado em manter-se neste patamar, como explica o consultor da Roach Ag Marketing, Aaron Edwards em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (3). 

"Estamos em tendência baixista e os fundos especuladores acompanham a tendência. Eles já venderam muito de sua posição comprado, mas ainda estão comprados e pela movimentação desta semana indicam que continuam vendendo. É normal que as baixas de agosto e setembro sejam mais fortes do que as de julho, com o mercado derretendo rumo aquela barrigada da nova safra americana", diz. 

Ainda segundo o consultor, o mercado conta agora com fatores técnicos, sazonais, de clima no Corn Belt e ligados à geopolítica, todos juntos mantendo o andamento das cotações ainda muito volátil. A visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes do EUA, a Taiwan foi um dos destaques nesta semana, porém, o foco volta a ser a guerra entre Rússia e Ucrânia. 

Assista ao último episódio do Conversa de Cerca para entender mais da visita de Pelosi a Taiwan e das demais confusões geopolíticas do momento:

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Edwards explica, todavia, que é importante o monitoramento das relações entre China e Estados Unidos e o impacto que isso terá sobre o comportamento da demanda chinesa, tanto pelos produtos americanos, quanto pelos brasileiros, em especial soja e milho. Mais do que isso, reforça que será necessário paciência para passar por esse momento de expressão, em especial com a nova safra americana em pleno desenvolvimento. 

"E acredito que temos chances de preços melhores tanto por Chicago, quanto por prêmios no Brasil", afirma o consultor, citando os fundamentos ainda fortes da soja neste momento. 

Por: Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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