Sem chuva desde novembro, nem mesmo a soja e o milho irrigados escaparam de grandes perdas em São Borja/RS
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Sem chuva desde novembro, nem mesmo a soja e o milho irrigados escaparam de grandes perdas em São Borja/RS
Desde o dia 25 de novembro a região de São Borja no Rio Grande do Sul não registra chuvas expressivas e os impactos apareceram em prejuízo no desenvolvimento das lavouras tanto de milho quanto de soja desta safra de verão 2021/22.
Segundo o engenheiro agrônomo Albano Antônio Strieder, nunca houve uma estiagem tão severa na região e as perdas na produtividade foram severas. No milho, por exemplo, as lavouras plantadas em agosto estão terminando de serem colhidas com produtividades entre 40 e 50 sacas por hectare, já as semeadas em setembro tiveram perda total na produção. Até mesmo o milho irrigado perdeu cerca de 30% do potencial produtivo.
Do lado da soja, o especialista relata que as perdas consolidadas já estão em 50% daquilo que era esperado inicialmente, mas os números podem ser ainda maiores e já chegarem aos 80% do total. Até mesmo as lavouras de irrigação estão com grandes prejuízos nas plantas.
Strieder relata que as barragens de água utilizadas na irrigação são preparadas para aguentar estiagens, mas não suportaram os cerca de 70 dias sem chuvas. Dos 56 pivôs centrais que o engenheiro acompanha na região, 36 estão parados neste momento pela falta de água. Justamente no momento mais crítico das lavouras em floração e enchimento de grãos.
A única alternativa que resta é a busca pelos seguros agrícolas e o reforço no planejamento para as próximas safras, com mais atenção à irrigação e um fortalecimento nos sistemas de armazenamento de água, que precisa ser o foco daqui em diante na visão de Strieder.
Confira a íntegra da entrevista com o engenheiro agrônomo de São Borja/RS no vídeo.