Maior parte da soja em Laguna Carapã/MS deve produzir entre 10 e 30 sc/ha com estiagem e lagartas
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Maior parte da soja em Laguna Carapã/MS deve produzir entre 10 e 30 sc/ha com estiagem e lagartas
A safra de soja 2021/22 de Laguna Carapã no Mato Grosso do Sul vai ficar para a história, mas não de uma maneira positiva, uma vez que a estiagem e a falta de chuvas se estendeu durante a maior parte do ciclo.
Segundo o técnico agrícola da Casa da Lavoura de Dourados, Antônio Rodrigues Neto, 40% das lavouras ainda podem produzir entre 45 e 50 sacas por hectare caso volte a chover ainda nesta semana, mas os 60% restantes vão ficar com produtividades entre 10 e 30 sacas por hectare, com muitas áreas que nem vão ser colhidas.
O especialista destaca que muitos locais registraram acumulados de apenas 15 mm de chuvas, além de Sol escaldante e temperaturas elevadas. Uma propriedade em que ele presta consultoria, por exemplo, esperava colher entre 70 e 75 sc/ha, mas deve se restringir a 30/35, isso caso as chuvas voltem nos próximos dias.
Outro reflexo da seca foi a dificuldade para realizar aplicações de defensivos, o que gerou uma grande presença de lagartas nas lavouras e pressão elevada de percevejos barriga verde, que demandam atenção neste momento, já que podem trazer dificuldades para a germinação da segunda safra de milho.
Neste cenário, a safrinha vai ganhar importância especial, já que pode ser a salvação das contas dos produtores em 2022. Rodrigues Neto destaca que a colheita da soja deve começar entre 15 e 20 de janeiro e assim garantir boa janela de cultivo para o milho.
Confira a íntegra da entrevista com o técnico agrícola da Casa da Lavoura de Dourados no vídeo.