Financeiro melhora, soja em Chicago tenta recuperação mas não consegue. Queda é intensificada pelo clima favorável na América do Sul

Publicado em 29/11/2021 17:37 e atualizado em 29/11/2021 18:13
Demanda pela soja americana avança mas não surpreende e encurtamento de janela de exportação dos EUA pode limitar movimento de alta
Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado

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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja

Acompanhando as baixas de quase 20 pontos do trigo na Bolsa de Chicago, os futuros da soja terminaram o dia com perdas de 10,75 a 11,25 pontos nos principais contratos, levando o janeiro a US$ 12,54 e o maio - referência para a safra brasileira - a US$ 12,61 por bushel. Apesar de parte da recuperação observada mais cedo, o mercado não deu conta de sustentar as altas e fechou o pregão desta segunda-feira (29) no vermelho. 

Os preços deram continuidade ao movimento de queda e de realização de lucros observado na última sexta (26) diante ainda de incertezas sobre os impactos da variante ômicron, do coronavírus, que mexeu com todas as principasi commodities, como explicou Luiz Fernando Gutierrez, analista de mercado da Safras & Mercado. 

Ainda em Chicago, os futuros do trigo terminaram o dia perdendo quase 20 pontos, bem como o farelo - com mais de 1,3% de baixa - e o óleo - com 0,8% de queda. 

Ainda segundo ele, somou-se a estas preocupações o clima favorável na América do Sul, e as condições até este momento são boas no Brasil e na Argentina, salvo problemas pontuais em ambos os países. 

"Sempre fica aceso um alerta porque é um ano de La Niña, e alguns mapas apontam chuvas abaixo da média na Argentina e no Sul do Brasil. Mas até este momento ainda temos clima favorável e houve um pouco desse peso no mercado de Chicago hoje", diz. O mercado ainda trabalha com perspectivas de uma safra cheia, ao menos por agora. 

Do mesmo modo, segue também no radar dos traders o comportamento da demanda da China, que continua pulverizada entre Brasil e Estados Unidos. "A China sempre precisa de soja e vai continuar comprando", afirma o analista. 

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Por: Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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