Algumas regiões do Paraguai sofreram com falta de chuvas e produção de soja do país deve perder 1 milhão de toneladas

Publicado em 11/01/2021 16:53
Presidente da APS acredita em produção total entre 9 e 9,5 milhões de toneladas de soja e recomenda atenção total aos tratos culturais neste momento para evitar aparecimento de doenças. Produtores do país já venderam maior parte da produção e ficam de olho no que está acontecendo na Argentina antes de escoar a produção
Eno Michels - Presidente da APS

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Algumas regiões do Paraguai sofreram com falta de chuvas e produção de soja do país deve perder 1 milhão de toneladas

 

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O plantio da soja no Paraguai demorou para começar em função da falta de chuvas nas regiões produtoras do país. Apesar disso, as precipitações nos dias 15 e 26 de outubro e assim, os produtores conseguiram semear quase a totalidade das áreas antes de novembro, ainda em boa janela.

Com isso, a expectativa segue sendo de boa produção nesta safra 2020/21, mas a expectativa inicial de produzir 10 milhões de toneladas dificilmente será alcançada. Isso porque algumas regiões sofreram mais com períodos de estiagem e isso deve impactar uma redução para algo entre 9 e 9,5 milhões de toneladas, conforme explica o presidente da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai), Eno Michels.

Neste momento, o foco do produtor deve estar nos tratos culturais e nas aplicações de defensivos para evitar o aparecimento de doenças e nas movimentações de mercado. A liderança aponta que muitos produtores já venderam 80% da produção e os volumes restantes para negociações estão escassos justamente neste momento de preços elevados.

Outras questões que demanda a atenção do produtor paraguaio dizem respeito ao país vizinho, a Argentina. Michels comenta que os agricultores do Paraguai acompanham de perto as movimentações de proibição e restrição de exportações e a política arginina, uma vez que a produção paraguaia passa pela Argentina para ser escoada.

Já para a segunda safra de milho, a janela de cultivo ficará bastante restrita, com cerca de 15 dias apenas. Assim, que sair da janela deve apostar em lavouras com menos investimentos e tecnologias ou migrar para o cultivo do trigo ou plantas de cobertura.

Confira a entrevista completa com o presidente da APS no vídeo.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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