Sem demanda chinesa, soja em Chicago fica sem motivos para uma reação

Publicado em 06/02/2020 17:15
Com maior competitividade da soja sul-americana , demanda pela soja americana só deve ocorrer no segundo semestre
Jack Scoville - Analista da Price Futures Group

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Mercado da soja - Entrevista com Jack Scoville - Analista da Price Futures Group

 

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O mercado da soja encerrou esta quinta-feira (06) com estabilidade, com aumento de 1 ponto para o contrato de março/20, que ficou cotado em US$ 8,81. Sem a demanda chinesa, que continua com as compras lentas após o surto de coronavírus, Chicago não encontra suporte para altas melhores do que a atual estabilidade.

A boa notícia é que a China baixou tarifas para alguns produtos dos Estados Unidos, mas em incluir a soja. No entanto, é possível a inclusão da soja em futuras reduções.

>> China cortará tarifas pela metade sobre algumas importações dos EUA; soja não está na lista

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou as novas vendas para exportação do país na semana encerrada em 30 de janeiro. Os números da soja, do milho e do trigo ficaram dentro das expectativas do mercado. 

As vendas semanais de soja totalizaram 703,8 mil toneladas da safra 2019/20, enquanto o mercado esperava algo entre 400 mil e 900 mil toneladas, e o Egito foi o maior comprador. O volume aumentou 76% na semana e é 29% maior do que a média das últimas quatro semanas. 

>> USDA: Vendas de soja para exportação dos EUA sobem 76% na semana

Concentradas no Brasil, as compras de soja da China por aqui já totalizam vinte navios somente nesta semana, segundo apurou o Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (6), além dos outros 10 da última semana. A demanda da nação asiática permanece forte, e ganhou ainda mais ritmo diante de uma necessidade maior do país neste momento de crise, que já promoveu, inclusive, uma recuperação nos preços do farelo. 

>> China compra 20 navios de soja no Brasil nesta semana com demanda exigindo mais do país

Fonte: Notícias Agrícolas

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