Soja em Chicago precisa reagir amanhã e tem que encerrar acima dos US$ 9,27 no maio e US$ 9,12 no março para estancar quedas
Podcast
Entrevista com Adriano Gomes - Analista da AgRural sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado da soja tem mais um dia de queda nesta quinta-feira (22), com 4,25 pontos negativos para os principais vencimentos. A soja vem se desvalorizando nesse início de ano, perdendo pouco a pouco os bons preços atingidos na virada de ano. As quedas vieram após uma euforia criada com expectativas de compras chinesas após acordo comercial com os EUA, mas que ainda não ocorreram.
Ainda há incertezas de como a China irá cumprir sua parte no acordo e sobre os volumes de soja que serão comprados dos americanos. Como na próxima semana a China entrará em feriado nacional, devido ao ano novo chinês, essas compras não devem ocorrer de forma agressiva tão cedo.
Enquanto o mercado da soja continua especulando sobre quando e se a demanda da China vai voltar efetiva e expressivamente aos Estados Unidos, a nação asiática mantém suas compras concentradas ainda no Brasil. Nesta quarta-feira (22), a nação asiática comprou mais um navio de soja brasileira. Além do mais, os negócios entre China e Estados Unidos só deverão começar a acontecer a partir de 15 de fevereiro, que é quando começa a valer o acordo entre os dois países firmado na semana passada.
>> Soja: Enquanto negócios com os EUA só devem sair a partir de 15 de fevereiro, China compra no BR
O mercado nacional encerrou o dia sem grandes mudanças nos principais terminais de exportação e variações pontuais no interior do país. E o movimento se apresentou dessa forma mesmo diante de uma nova baixa dos preços em Chicago e do dólar frente ao real.
No porto de Rio Grande, a soja disponível fechou o dia com R$ 86,50 e a referência para março em R$ 85,50 por saca, enquanto em Paranaguá os indicativos foram a R$ 87,50 e R$ 86,50, respectivamente.
>> Soja: Maior competitividade do Brasil mantém pressão sobre mercado de Chicago