Chapadão do Sul/MS se encaminha para final do plantio da soja e espera produtividade alta
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Chapadão do Sul/MS se encaminha para final do plantio da soja e espera produtividade alta
Os produtores de soja de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul, devem terminar o plantio até o final desde mês, ainda dentro da janela ideal para a cultura, segundo o presidente do Sindicato Rural do município, Lauri dalBosco. A expectativa é de boa produtividade e rendimentos, mas há a preocupação do produtor com o aumento do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário (Fundersul), sancionado pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), no último dia 14.
Segundo dalBosco, a previsão é que devam ser colhidas cerca de 60 sacas do grão por hectare, e até agora, por volta de 80% das áreas já foram plantadas. Mesmo com as chuvas em menor volume do que o esperado, as plantas têm se desenvolvido normalmente, e a janela para quem planta milho ou algodão na segunda safra tem se mantido. "Agora é cuidar e monitorar a lavoura para que tudo corra bem e a gente consiga uma boa colheita", afirma.
Cerca de 50% da produção já foi comercializada, no mercado futuro, via trading, ou troca com revenda. Para ele, é preciso que a produtividade atinja a média de 60 sacas por hectare para poder fazer frente aos compromissos firmados e ainda obter lucro, já que os custos de produção foram altos devido ao aumento do dólar. "Lá atrás o dólar já estava alto, então muita gente assustada comprou bastante insumos. Depois o dólar baixou, muita gente segurou as compras, mas aí chegou perto da época do plantio e subiu de novo, então muita gente teve custo alto".
IMPOSTO ALTO PODE PREJUDICAR O PRODUTOR
Mesmo com a expectativa alta de produtividade, dalBosco afirma que o produtor rural está sendo "impiedosamente" prejudicado pelo novo pacote de tributos sancionado pelo governador do Estado. A mudança no imposto do Fundersul pode chegar a 153% a mais para o caso de algumas commodities agrícolas.
"Não é possível que, com o Governo Federal baixando os impostos, o Estadual queira aumentar. Estão transformando esses valores em dinheiro urbano, e daqui a pouco nós vamos ficar sem dinheiro, por pagar os impostos, e sem as estradas consertadas", lamenta.
De acordo com ele, nesta quinta-feira (21) o sindicato deve promover uma reunião com entidades de outros municípios e com a Famasul (Federação da agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) para estudar o novo pacote triutário e encontrar soluções jurídicas para a situação.