Governo Bolsonaro é contra a moratória da soja e não aceita embargos da Abiove
Em reação aos embargos que a Abiove (entidade que reune as empresas compradoras de soja no Brasil) está promovendo contra produtores da Amazonia Legal, o assessor da presidência da República, Abelardo Lupion fez ontem, ao Notícias Agrícolas, contundente manifestação de apoio aos agricultores impedidos de comercializarem grãos com essas traders.
Lupion diz que o Governo Bolsonaro tem conhecimento que os produtores estão instalados nos Estados do Arco Norte do País (Pará, Mato Grosso e Matopiba) desde a abertura da Rodovia Belém-Brasília (portanto, há mais de 20 anos), e que possuem licença ambiental aprovadas pelos seus Estados (em acordo com o Código Florestal) para produzirem grãos em suas propriedades.
--"Portanto, diz Lupion, é inadmissível que esta entidade se submeta às pressões de alguns países da Europa contra nossos produtores. Além de ilegal, esta perseguição significa uma afronta à nossa soberania".
O assessor da Presidencia da República diz que o Governo está acionando a Advocacia Geral da União para investigar as licenças dessas empresas internacionais que operam no Brasil. "Não vamos admitir intromissão em nosso território, e muito menos paralisar a produção de alimentos nesses Estados", asseverou.
Somente em um municipio do Pará, Dom Eliseu, já são 63 as fazendas embargadas pela Abiove. Em alguns casos, o embargo também tem apoio do Ibama, que vem cassando a licença ambiental e impedindo o funcionamento das propriedades rurais.
Os agricultores dos Estados afetados pela ação da Abiove planejam promover manifestação em Dom Eliseo no proximo dia 10 de novembro. O movimento de reação está ganhando grande participação de agricultores e entidades.
(Acompanhe a entrevista do assessor da Presidencia da República, Abelardo Lupion, no video acima).