Agro 4.0: Glencore se une a cinco maiores compradoras mundiais de commodities agrícolas em plataforma digital de negócios

Publicado em 23/09/2019 10:30
Objetivo é utilizar a chamada tecnologia blockchain para trazer mais agilidade, confiabilidade e segurança para a execução de contratos, favorecendo compradores e vendedores, mitigando os riscos da volatilidade e da flutuação de preços. Mais do que isso, propósito é facilitar os negócios e reduzir os custos de produção. Consultor internacional não acredita em concentração de compradores.
Steve Cachia - Consultor da Cerealpar e da AgroCulte

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Entrevista com Steve Cachia - Consultor da Cerealpar e da AgroCulte

 

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Como em todos os outros setores, a tecnologia cada vez mais também traz novidades para o setor do agronegócio. Para debater sobre o futuro das transações comerciais e o uso da tecnologia dentro do agronegócio, o Notícias Agrícolas conversou nesta segunda-feira (23) com Entrevista com Steve Cachia, Consultor da Cerealpar e da AgroCulte para entender melhor a junção das cinco maiores empresas de commodities, divulgada na semana passada.


As grandes empresas ADM, Bunge, Cargill, Cofco, Louis Dreyfus firmaram parceria com a Glencore, com previsão de lançamento de uma nova plataforma digital já em 2020. Para Steve a parceria das grandes empresas significa que finalmente a tecnologia 4.0 está chegando também no agronegócio.

Dentro da nova plataforma serão inseridos  profissionais de todas as áreas do agronegócio, entre eles: transportadoras, fretadoras, compradores, prestadores de serviços, financeiras, associações comerciais e autoridades regulatórias. Para Steve, essa é mais uma ferramenta que o produtor precisará aprender para colher bons resultados nas atividades. “O propósito da plataforma é facilitar a execução dos contratos”, comenta.

Entre as tecnologias utilizadas na nova plataforma, estão a inteligência artificial e a blockchain, visando principalmente diminuir os custos ao produtor. “A gente vê os preços das commodities agrícolas com bastante votalidade, com margens de lucro cada vez menores. Então, uma das opções é reduzir os custos", afirma. Segundo o especialista, atualmente é possível enxergar que através das tecnologias é possível ter um custo de produção menor. 

A tecnologia blockchain se baseia em um contrato inteligente que tem como principal característica diminuir os prazos e desmocratizar os processos de negócios. "Através desses contratos você consegue minimizar o risco de fraude. A gente sabe que quando fecha negócio pode ter alguns problemas, então se minimiza isso", explica. De acordo com Steve, a ferramenta pode diminuir o tempo em até 5 vezes quando comparado com os processos atuais. 

Outra característica da nova plataforma é o fato do produtor conseguir verficiar todas as informações em tempo real. "Vejo como uma concentração de inteligência, visando de fato facilitar as questões burocráticas", comenta. O especialista reforça ainda que a plataforma não colocará fim nas negociações e elas também não serão concentradas em apenas um espaço. 

"A gente sabe que está todo mundo se preparando. Não é à toa que a gente está vendo essa guerra comercial tão acirrada entre Estados Unidos e China. O comércio mundial cada vez mais vai crescer, com crise ou sem crise eles têm que se alimentar. Precisa arrumar maneiras de produzir mais, com um custo menor", afirma Steve. 

Steve reforça ainda que para resultados satisfatórias, além das novas plataformas, é importante que aconteça uma boa produtividade. "É importante também ter produtividade boa, vender bem o produto e comprar bem os insumos. A votalidade vai continuar porque o negócio depende de fatores imprevisíveis como clima e guerra comercial", explica. 

Confira a entrevista completa no vídeo acima

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja e Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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