Mercado em Chicago deve focar na demanda pela soja americana. Uma reação consistente dos preços depende do apetite chinês

Publicado em 16/09/2019 16:48 e atualizado em 16/09/2019 18:48
Acordo parcial pode ajudar no escoamento dos elevados estoques americanos
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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O mercado da soja desta segunda-feira (16) fechou com pouco mais de 1 ponto entre as posições mais negociadas, com o novembro valendo US$ 9,00 e o março, US$ 9,25 por bushel. Para Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro, os preços se mantiveram estáveis ainda aguardando os próximos passos da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 256 mil toneladas de soja para a China. Essa é a segunda venda oficial anunciada nos últimos dias pelo departamento norte-americano, sendo que na última sexta-feira (13), os EUA venderam 204 mil toneladas de soja para o país asiático. São essas vendas, mesmo que sem a confirmação de um acordo entre os dois países a curto prazo, que sustentam os preços em Chicago.

De acordo com Ginaldo, a demanda chinesa para esse ano é de 90 milhões de toneladas. Desse montante, o Brasil supriu mais de 70 milhões, sendo que não há muito produto para exportar sem que o mercado interno brasileiro corra um risco de ficar desabastecido. Dessa forma, o diretor da Labhoro acredita que em algum momento os ânimos entre EUA e China terão que se acalmar, já que um dependerá do outro para suprir entre 10 a 12 milhões de toneladas no mercado interno chinês.

O petróleo, que bateu 14% de alta ao longo dia, elevou os preços das commodities, mas não teve reflexo na soja. Para Ginaldo, apenas um aumento na demanda chinesa faria os preços da oleaginosa se elevarem.

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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