Soja em Chicago reage com otimismo por declarações de Trump e relatório com redução dos estoques finais nos EUA
A soja fechou esta quinta-feira (12) beirando 30 pontos de alta, principalmente por causa de novos indícios de que Estados Unidos e China estão tentando uma reaproximação comercial, com tréguas tarifárias de ambos os lados.
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Para Carlos Cogo, sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, essa reaproximação foi o principal motivo das altas. Outro fator que movimentou o dia foi o relatório mensal do USDA, com os números de oferta e demanda atualizados. O relatório acabou confirmando o que o mercado esperava: uma redução nas safras de soja e milho nos Estados Unidos, no entanto, os números ficaram acima da média das expectativas do mercado.
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De acordo com o analista, os cortes apresentados pelo USDA, tanto para a produção (de 100,15 milhões de toneladas para 98,87 milhões de toneladas) quanto para os estoques (de 20,5 milhões de toneladas para 17,4 milhões de toneladas), poderiam tornar o dia neutro ou até mesmo baixista. Porém, a reaproximação entre EUA e China deu ânimo ao mercado e caso um possível acordo se confirme, o mercado tende a subir ainda mais.
Para o mercado brasileiro, essa possível retomada de embarques americanos pode pressionar os preços dos prêmios. No Brasil, os negócios que são fechados e efetivados, como explica Cogo, refletem ainda a combinação de um dólar que segue acima dos R$ 4,00, as altas em Chicago e mais os prêmios para a safra velha, que conseguem se manter acima dos 100 pontos, apesar dos recuos recentes.