Plantio direto sem rotação dá sinais de esgotamento, alerta Embrapa Soja

Publicado em 13/03/2019 13:49
Pesquisador Osmar Conte mostra que a queda de produtividade é sinal de que o sistema passa por dificuldade
Osmar Conte - Pesquisador Embrapa Soja - Londrina/PR

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Plantio direto sem rotação dá sinais de esgotamento, alerta Embrapa Soja

 

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Na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), o pesquisador Osmar Conte, da Embrapa Soja, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito de uma simplificação que vem existindo em torno do plantio direto no Brasil, o que pode trazer prejuízos para a lavoura.

Segundo ele, o plantio direto, realizado de forma correta, exige mais. Se o produtor notar que há perda de qualidade física de solo, deficiências na parte estrutural e menor potencial produtivo, é possível perceber que há algumas falhas nesse sistema.

Em anos nos quais as condições climáticas são desfavoráveis, uma área beneficiada pelo plantio direto pode até sofrer, mas tem perdas menores.

Qualquer interferência demanda um bom diagnóstico. A Embrapa, por exemplo, trabalha com um sistema de diagnóstico rápido de estrutura de solo. Por outro lado, deve-se ter atenção na potencialização do rendimento das plantas.

Sendo assim, a rotação soja-safrinha de milho é pobre em diversificação. Está se perdendo qualidade do solo e desempenho da cultura principal, beneficiando pouco o sistema radicular e a cobertura do solo. A recomendação, portanto, é para que haja uma mudança cultural por parte do produtor para uma diversificação de culturas.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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