Plantio direto sem rotação dá sinais de esgotamento, alerta Embrapa Soja
Na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), o pesquisador Osmar Conte, da Embrapa Soja, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito de uma simplificação que vem existindo em torno do plantio direto no Brasil, o que pode trazer prejuízos para a lavoura.
Segundo ele, o plantio direto, realizado de forma correta, exige mais. Se o produtor notar que há perda de qualidade física de solo, deficiências na parte estrutural e menor potencial produtivo, é possível perceber que há algumas falhas nesse sistema.
Em anos nos quais as condições climáticas são desfavoráveis, uma área beneficiada pelo plantio direto pode até sofrer, mas tem perdas menores.
Qualquer interferência demanda um bom diagnóstico. A Embrapa, por exemplo, trabalha com um sistema de diagnóstico rápido de estrutura de solo. Por outro lado, deve-se ter atenção na potencialização do rendimento das plantas.
Sendo assim, a rotação soja-safrinha de milho é pobre em diversificação. Está se perdendo qualidade do solo e desempenho da cultura principal, beneficiando pouco o sistema radicular e a cobertura do solo. A recomendação, portanto, é para que haja uma mudança cultural por parte do produtor para uma diversificação de culturas.